sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Manifesto Suddha

De acordo com o "Manifesto Suddha" abaixo, tenho a obrigação de esclarecer algumas informações incorretas que estão sendo divulgadas na net sobre o Suddha Dharma.
Por exemplo: O Suddha Dharma NUNCA foi inaugurada, fundada ou aberta por quem quer que seja !!!!!
Ela vem ao conhecimento mundano ou não !!!! a seu próprio critério !!!!! e como, o próprio tempo coexiste perene independente de seu conhecimento.
Ela é UNIVERSAL, CÓSMICA !!!! sem donos !!!!! sem direitos autorais !!!! sem regionalizações !!!!
Ela está acima de qualquer insanidade !!!!!
Por favor, bom senso é bom !!! discernimento é bom !!!! respeito é bom !!!!






Manifesto Suddha

1. Esta Ciência Esotérica deve ser ensinada a todas as pessoas desde que nascem até seu fim, de acordo com as vicissitudes de lugar, tempo e circunstanscias.

2. Seu Dharma é Eterno, Transcendantal, Realizável, Universal, é frutífero em prosperidade aqui e em qualquer outro lugar, agora e sempre, outorgando a suprema Paz da Fraternidade.

3. Os Grandes Mahatmas a proclamam como a Ciência de que trata a Gita. Esta Suprema Ciência não é exclusivamente Vaisnava, nem Shakta, nem Shambhava,

4. Nem Budhista, nem Kanada, nem Sankhya, nem Yoguica, nem Tantra, nem Vedanta, assim como nenhum outro credo particular.

5. Os antigos Videntes exaltam esta Ciência como Oniabarcante e Transcendental,
portanto deve ser seguida por todos os aspirantes neste mundo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Simplesmente fiquei emocionadíssima !!!!
Amei !!!!
Sou uma apaixonada pela nossas músicas !!!!
E nesta interpretação então, calei-me em emoção....

Almas Gêmeas


Dedico esta matéria ao meu amado Inácio, que com certeza É minha "Alma Gêmea" !!!!

É muito natural que hoje em dia, as pessoas se interessem mais pelos temas que traduzem um certo mistério, um certo enigma, pois nossas percepções já se encontram mais refinadas, mais lapidadas e sendo assim, nossa alma busca entendimento e respostas para tudo aquilo que ainda insiste em ficar bem guardado, escondido no fundo do nosso coração.
Um assunto muito polêmico atualmente é o das “Almas Gêmeas”.

Temos rolando pela mídia conceitos, teorias, possibilidades, mas o que pretendo passar aqui, não é nenhum desses itens e sim simplesmente aclarar as idéias de nosso leitor de uma forma poética e honesta.
Primeiro tenho que deixar bem clara a definição de vida; Faço aqui um alinhamento entre o cristianismo e o espiritismo, enfim, a todo aquele que acredita em uma única vida e aquele que sabe da lei da rematerialização.
Meu pensamento neste instante, faz um alinhavo destas duas vertentes, concluindo que ambas estão corretas.
Vida é uma só, é eterna, perene, imaculada, não tem tempo, é consciência ativa e plena.
As rematerializações acontecem quando esta consciência ainda precisa de mais clareza e entendimento, tomando então a decisão de se manisfestar em matéria densa (física), para conquistar mais maturidade e alcançar mais a infinitude deste mesmo universo.

Ambos aspectos, manifesto (expresso na matéria) ou, imanifesto (sem expressão física) são a vida.
Esta vida é formada por uma teia de emoções, sentimentos, compromissos, missões, etc..., onde o coordenador absoluto de tudo isto é o AMOR.
Esta teia ( que é o tantra) sendo gerada, mantida e transcendida por esta energia vital, faz de nós seres originários de uma única essência, possibilitando assim nossos reencontros neste nosso plano sempre que nossa consciência ansiar por mais completude, maturação e discernimento. E assim, quando duas almas ou seja, duas consciências se encontram neste plano e ambas mantêm um ciclo contínuo de experimentações reconhecendo-se mutuamente e percebendo por meio de lembranças vivênciais de fatos (recordações como de uma infância longíngua e constante ao longo de um tempo que não se pode mensurar) se percebem como eternos companheiros de jornada, reconhecidas comumente como “almas gêmeas”.

Esta teia que é o próprio amor, os nutre continuamente transformando ambos em unidades integrais, absolutas, que só se mesclam e se tornam “UM” no aspecto mais sútil desta mesma eternidade.
Temos que definitivamente acabar com esta idéia de “metade da laranja”, pois somos “inteiros” e não metade de alguém...isto nos torna dependentes desse alguém! E nenhum amor sobrevive na dependência do outro! Pelo contrário, sufoca....




Essas almas, sentem em todas as suas manifestações físicas as emoções do amor que as une,
Sentem que ao longo da vida permanente há o crescimento deste júbilo eterno.
Mesmo separados, independente de tempo e lugar, vivenciam em igualdade a expansão dessas experiências,
Vivenciam expectativas e esperanças pelo reencontro desejado,
Sabem, que sempre que a lei (dharma) os favorecer, estarão juntos, mas também sabem que sempre que suas mentes os trair, estarão afastados pelo não reconhecimento,
São tão sensíveis, que aprendem a desenvolver mais os sentidos, possibilitando-os de se sentirem, mesmo longe um do outro,
Quando separados, aprendem a se calar e abafar em seus peitos o amor transbordante de saudade, vida, paixão e desejo,
Sempre unidos na alma, aprendem a vivenciar um ao outro, mesmo quando este amor os leva para lugares distantes,
Sempre buscando um ao outro, ficam sempre se procurando em todos os lugares, mesmo nos mais insípidos da vida,
Se buscam em todos os olhares, em todas as emoções...
Se buscam em todas as explosões que alguém possa causar neles, ou eles em alguém...
Se buscam em cada música, em cada situação, em cada sorriso e em todas as lágrimas,
Nos mais profundos abismos, nos mais elevados êxtases...se procuram, se procuram...
Estão sempre nutridos da certeza de suas vidas vindo em suas direções, para se terem e serem felizes...
Mas, enquanto rematerializados,
Oh! Lindos amados,
Como o tempo se torna cruel!!!!!
Aprendem a si sentirem e a serem um no outro em espírito, e abandonam o desejo que seus corpos sentem um pelo outro...
Aprendem a não mais precisarem a si tocar, a não mais precisarem sentir suas peles...
Seus lábios úmidos, acostumam a não serem mais beijados...
Suas bocas se acostumam, a não mais sentirem o nectar de suas essências...
Os olhos distantes , aprendem a não mais sentir seus olhares preenchidos de paixão...
Com o tempo se passando, aprendem a não mais si quererem mutuamente,
Abafam em seus corpos, o fogo inebriante do amor...
Aprendem a esquecer de suas ondas de imenso prazer,
Aprendem a esquecer principalmente o prazer do amor físico, e se calam neste amor, nesta paixão desvairada, e sem limites se perdem na vastidão do Universo...
Sublimam um ao outro, até D´EUS..., e praguejam um ao outro até aos infernos de suas almas, na incontida vontade e nescessidade infinita de se pertencerem...
Clamam aos céus , seus nomes!!!!!!
Expurgam de si mesmos, aos infernos de dor e sofrimento que causaram um ao outro na incontida esperança de se verêm, nem que seja só por um instante....
Neste lapso de “Vida”, neste mar profundo de glória, de lágrimas contidas, de gozo reprimido, de vontade eterna de explodir,
Com a força do Amor Maior,
Conseguem superar suas ausências e condicionam seus corações,
Guardando num pedacinho dele, seu amor e sua vida,




Escondem dentro dele, um ao outro,
Seus olhares,
Seus toques,
Seus cheiros,
Suas emoções,
Seus gostos,
Seus prazeres e Suas eternidades...
Longe e distante, aprendem a si terem em seus peitos, protegidos do mundo,
Escondidos de todos,
Sendo sempre um do outro,
São amores,
São amados,
São amantes...
Mas, este mesmo tempo que foi cruel em um instante, sabe ser fiel á esse amor puro, forte e constante...
Reaproximando-os novamente, neste instante mágico e perene,
Vivenciam tudo o que ficou guardado no coração do amor...
Enlouquecidos de desejos,
Insandecidos de paixão,
E assim se reencontrando, descobrem as mesmas marcas que um dia um deixou no outro...
Si veêm, Si sentem, si teêm,
O mesmo tudo...
Seus gostos são a embriaguês da paixão,
Seus cheiros, faz com que se encontrem no labirinto de cada ser,
Seus toques os liberta do amor aprisionado,
Seus corações juntos, tocam a melodia sublime dos anjos,
Suas emoções mescladas traduzem em conforto suas expectativas,
Suas mãos juntas estabelecem o reencontro para darem a continuidade de suas vidas...
Seus lábios unidos, selam a eternidade de ambos...
A troca de seus olhares aquieta suas angústias vividas no tempo, trazendo a eles “paz”,
Suas trocas de “energia vital” os fazem plenos de vida e de realizações,
Suas almas se extasiam desse amor apaixonado...
Seus espíritos se unificam, se reconhecem, se misturam e então, a vida se apazigua,
Se unificando na existência permanente na expressão Imanente do Universo Infinito........Eles se tornam novamente homem e mulher,
Eles se tornam novamente amados,
Eles se tornam novamente amantes,
E se são, sem dúvida, a prova do amor constante....,
Se amam no olhar,
Se amam em seus sorrisos,
Se amam em seus cheiros,
Se aninham em seus peitos e se confortam...
Se amam nas palavras, porque elas traduzem a poesia do amor apaixonado que sentem um pelo outro,
Se amam em seus corpos, com carinho, emoção e paixão,
Concluem este sentimento em um gozo tão forte e feroz, trazendo á tona o animal que habita em cada um no exato momento do êxtase maior, que sublima seus aspectos humanos, libertando-os da saudade e dos sofrimentos que o tempo os impôs...
Amores de várias existências...
Amor de uma única vida...
Amantes eternamente!.......
E assim, sempre vai se fechando ciclos de aprendizagens, um a um, onde ambos nutridos pela permanência do amor absoluto, espargem pelo infinito a esperança e a certeza da continuidade de vida. Vida de amor, consciência e maturidade, cuja morada sempre será reconhecida por nossos sentimentos no eterno fluxo de nossas emoções, trazendo á nós a constante realidade de “felicidade”.

Margareth Gonçalves (Devidasika)
Dharmameva Jayathe,

Alquimia Interior entrevista Margareth Gonçalves e Erick Schulz




Visitem este Blog da minha amiga querida "Cida Medeiros" e nos assistam....
Depois vocês me falam o que acharam !!!!!
Este foi meu recomeço de trabalho, após minha cirugia de câncer na tireóide, o Erick me acompanhou neste recomeço pois ainda minha mente vacilava muito.
Hormônios fazem isso !!!!!! kkkkkkkkk




O Erotismo da Alma


"O amor que cura ensina os parceiros a circular energia de um para o outro, indo além do simples toque físico, sentindo uma conexão elétrica, mesmo que não estejam juntos".

Por Margareth Gonçalves

A vida sexual é uma realização concreta. A vida espiritual é um processo de sublimação desta mesma vida. O amor tem como objetivo principal visar a vida divina. O fluido vital proporciona vigor, força física e mental aos seres humanos. Se for permitido a ele se esvair, o indivíduo se debilita. Se preservado, ele se converte em ojas, ou energia espiritual, que confere saúde, longa vida, coragem e poder de concentração ao indivíduo, dessa maneira tornando-o um indivíduo consciente.

O ato de amar é um processo yogui. Esse ato é muito negligenciado por todos nós. Um ato que gera novas vidas não poderia ser desprezado pelos deuses. As pessoas que negativizam o ato sexual se esquecem de que é exatamente do clímax desse ato que uma alma desce e que uma nova vida é concebida.

A qualidade da alma tem uma relação direta com as circunstâncias. Se uma alma é concebida num momento de raiva, culpa ou qualquer outro sentimento, ela é atingida desde a concepção. Para darmos vazão à raça de super-homens a que Nietzsche se referiu, temos de estar vibrando em circunstâncias superelevadas; só assim o padrão de consciência da humanidade se elevará. Essa mesma humanidade não poderá existir enquanto não conseguirmos trazer harmonia para o ato sexual, enquanto não dermos uma estrutura espiritual para o sexo, enquanto não respeitarmos o sexo como um dos primeiros portais para conseguirmos alcançar o êxtase espiritual.

E É EXATAMENTE AQUI QUE O SEXO SE ENCONTRA com a religião. Esta mesma energia sublimada nos chacras superiores eleva o ser humano para o mundo da libertação, onde não há morte, não há tristezas, somente a felicidade permanente; sendo assim, esse mesmo ser poderá se tornar supremo em sua máxima consciência.

Mas... e o amor? Todas as religiões pregam o amor. Mas que tipo de amor? Não existe coisa alguma na natureza que deprecie o amor. Não existe coisa alguma na natureza de Deus que seja imperfeita. Portanto, o amor não se compra, não se vende, não pode ser importado de outras esferas. Ele habita e se nutre da essência do próprio homem; ele está centralizado na alma do próprio ser humano.

O amor é a fragrância da vida. Não existindo dogmas, o amor aparecerá. Não podemos deixar que preconceitos e falsos ensinamentos nos atinjam, nos transformando em seres medrosos na arte do amor. O amor é um sentimento inerente a qualquer ser humano. E se, conscientemente, deixarmos este sentimento fluir em nossos corpos, com certeza conseguiremos tocar Deus, já que Ele é essencialmente constituído de átomos de amor puro.

Começamos o amor por meio do sexo, da paixão; portanto, não faça dele seu inimigo. Sexo não é pecado! Ele é a própria energia que viaja e alcança o oceano interno do amor. Neste plano em que vivemos, da terceira dimensão, não podemos separar sexo de ser humano, porque é por intermédio dele que tudo começa; nós nascemos a partir dele, nós nascemos da maior magia do universo, nascemos da magia do amor (físico e espiritual).

Deus consideraria essa energia pecaminosa? Não estaria Ele se contradizendo? Acredito que esse pensamento – de que sexo é pecado e que nascemos de um ato de pecado – seja um pensamento puramente humano, próprio de um ser que ainda não se entregou à arte de amar, e tampouco se deixou, experimentar na união de almas afins, por puro medo de se entregar ao seu próprio amor. Vamos, então, sublimar o amor que somos, para sermos representantes fiéis e belos deste Ser Maior, que nos ama incondicionalmente.

QUANDO UM CASAL SE ENCONTRA deve haver entre ambos um sentimento de sacralizacão (com o coração aberto). Deixe florescer a plenitude em sua vida, aceitando-a com naturalidade e pureza. O que eu poderia dizer sobre o amor? Ele é profundamente subjetivo. Temos de vivenciá-lo, pois Ele simplesmente é. E não tenham dúvida de que quando nos unimos espiritualmente a uma pessoa, nos unimos a ela para toda a eternidade.

Para os taoístas, a arte da cama pode ser cultivada da ao longo da vida. É chamada de “amor curativo”, porque se concentra na cura em geral e no amor. O verdadeiro segredo do Tao é que a vida e o amor não têm metas. A vida, como o relacionamento, é um mistério que se revela constantemente para aqueles que não têm medo de viver.




O amor curativo do taoísmo (medicina chinesa) não se baseia na quantidade de orgasmos que você possa ter, mas sim na qualidade do amor e da cura que você experimenta no relacionamento. Eles dizem também que o amor é muito mais que um sentimento efêmero ou uma construção mental; é uma energia corporal centrada no coração.

O Tao não coloca os benefícios espirituais do amor curativo acima dos benefícios sexuais, curativos ou emocionais. Na verdade, todos são simultâneos e complementares. Para os taoístas, a energia sexual também é sagrada. Concordamos que sempre que fazemos sexo com amor liberado, entramos em comunhão com a energia divina, universal, já que tudo vem Dela mesma.

Esta ciência nos esclarece que os hormônios podem nos unir por meio do desejo, mas amor é muito mais do que química; amor é uma energia física do coração e não apenas uma emoção mental. Quando os parceiros experimentam a intensa troca de energia da “união de almas”, conseguem estender o prazer orgástico por muitas horas e estar em profunda conexão, ainda que separados. E o que os taoístas chamam de “orgasmo da alma”.

Como o amor curativo ensina os amantes a circular energia de um para o outro além do simples toque físico, eles conseguem sentir essa conexão elétrica, ainda que não se toquem ou não estejam juntos.

Enfim, o assunto é longo, profundo e apaixonante. Ficaria um tempo sem conta falando de amor e da arte de amar. Mas isto, infelizmente, não é possível. Deixo aqui algumas de minhas idéias, mas o mais importante é que vocês repensem sobre elas. Não tenham medo de vivê-las. Dê oportunidades para que isso aconteça e deixe fluir o ser bonito e divino que habita em você. Não seja um ser comum: seja você.

Seja fiel aos seus sentimentos e à vida que se expressa através de você, e lembre-se sempre de que a alma não tem sexo, e que o sexo não tem religião. Portanto, seja amado; seja amante; seja feliz.

Extraído da revista Sexto Sentido 52, páginas 36-41

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida


EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA


Uma das mais famosas parábolas de Jesus Cristo é interpretada pelo Instrutor de Yoga Brahma Vidya, a partir de uma revelação originada de seus profundos estudos, procurando alcançar uma dimensão mais profunda nos ensinamentos do Cristo.

Conferencia ditada por Sri Vájera Yogue Dasa, no templo da Suddha Dharma Mandalam

Depois de ter o bom karma de ser instruído por alguns dos mais altos iniciadores da Grande Organização Esotérica da Índia – denominada Suddha Dharma Mandalam – obtive a revelação, ou a intuição espiritual da conhecida frase que parece na Bíblia, pronunciada por Jesus, O Cristo, a qual é apresentada como titulo do estudo que pretendo fazer a seguir.

Recordaremos, desde logo, que Jesus, O Cristp, em muitas ocasiões, ensinava em forma de parábolas ou símbolos, para que a Sabedoria Divina contida na Ciência dos Poderes do Espírito ou Ego Pessoal fosse entendida pelos que tinham “Olhos para ver e ouvidos para ouvir” (Mateus XII, 16)

Tal procedimento é uma lei que persiste até nossos dias nas organizações esotéricas. A Divina Hierarquia de Hierofantes da Suddha Dharma Mandalam mantém em absoluto segredo as chaves para atualizar os poderes do atman, ou Ego. Isso ocorre mesmo quando há um personagem disgno e santo, merecedor da Vama Deva Diksha, a grande iniciação conferida por um iniciador físico, devidamente autorizado pela Hierarquia Divina, e outorgada por um siddha espiritual (mestre espiritual).

Antes de chegar a ser merecedor ou estar apto a obter tão altíssima iniciação, os discípulos que cumprem com os requisitos adequados, observando as oito qualidades átmicas – ausência de inveja; compaixão; paz; ausência de cobiça; pureza integral física e de coração; ausência de egocentrismo; perseverança; irradiação de felicidade para todos os seres e as práticas de Raja Yoga – podem ser favorecidos com iniciações menores. Estas promovem algumas manifestações da glória que contêm o atman (alma) dentro do coração, e também visões nos planos sutis para infundir maior fé, conhecimento direto de verdades reveladas, e uma vontade mais firme para continuar o caminho, vencendo as dificuldades da vida diária, impostas pelos guias ocultos para o necessário progresso do discípulo.



ALIÁS, É FREQÜENTE QUE O DISCIPULO TENHA SONHOS simbólicos ou proféticos que o alertam a continuar firmemente no caminho da sabedoria oculta. É mediante a ciência infusa que as iniciações revelam que o estudante ou discípulo aceito descobre, pouco a pouco, mais e mais profundamente, as verdades encerradas nos símbolos, parábolas ou em contos aparentemente feitos para entreter as crianças, como podemos encontrar nos contos árabes das Mil e Uma Noites.

Voltando à análise da frase em estudo – “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João, XIV, 6) – direi que o entendimento vulgar é aquele que se refere à pessoa de Jesus de Nazaré, considerando-o como um exemplo individual cujo modelo de vida é o Caminho; seus ensinamentos, sermões, máximas e instruções são os meios que podem nos conduzir ao conhecimento da Verdade Eterna, diferente das verdades transitórias ou passageiras. E, por último, entende que Jesus é o representante da Vida Perpétua.

Penso que essas palavras podem ter outra dimensão, não querendo dizer que tal análise seja a ultima palavra, pois é possível que outros as compreendam de diferentes pontos de vista. Nos ensinamentos dados pelos Mestres de Sabedoria, está dito que: “ [...] cada indivíduo é autor de seu próprio destino” (do livro Luz no Caminho), executando seu caminho. Pode, por acaso, ser Jesus o meu caminho? Não! Somente eu é que tenho de percorrer os caminhos que se deparam nas várias reencarnações que têm de experimentar minha chispa Divina, ou chama própria (consciência); isso deve ser feito para atualizar as potencialidades que a conduziram, plena de sabedoria, ao prapty, ou liberação final das sucessivas vidas terrenas.



NÃO PODE SER QUE O CRISTO, COMO REENCARNAÇÃO humana, seja a Verdade Eterna, pois ele nasceu, cresceu e morreu, desaparecendo fisicamente desta terra. A verdade visível de sua existência foi curta, passageira: apenas trinta e três anos. O Senhor, considerado enquanto homem, não é a Vida Eterna. Poucos dias depois de ter dito essas palavras (João, VI, 40 e 48), seu corpo individual estava morto. Então, que significado tem a palavra “vida” quando ele a pronunciou? Certamente deve expressar algo muito mais importante do que vida terrena.

A “Vida” verdadeira e eterna é aquela manifestada na partícula espiritual presente em todo ser vivo. Essa partícula percorre seu caminho, impulsionada por uma força interna, permanente e invencível. Nesse caminho, ela deve encontrar dentro de si mesma a Verdade Eterna do Espírito, individualizada no coração. E depois, com compreensão, realizar a união acidental com a onipotente e onisciente Consciência Cósmica, mantenedora da Vida Eterna na raiz evolutiva de todas as existências individuais.

Mas que condições são necessárias para percorrer esse caminho e chegar, progressivamente, à visão da Verdade Imutável? Que condições são necessárias para conhecer a ilimitada grandeza da Fonte da Vida, ou Parabrahman?

O mesmo Cristo disse: “Os pobres de espírito verão a Deus”. Quer dizer, tenham consciência de que há uma origem da vida universal. Mas, do ponto de vista esotérico, o que significa esse “pobres de espírito”? Suponho que nem um estudante primário da ciência mística possa acreditar que unicamente os tontos ou dementes poderão ver Deus, e os inteligentes e os sábios superdotados estão condenados à ignorância do contato consciente e progressivo com a união da Altíssima Glória da Substância Omnidifusa do Divino.

Essas idéias inferiores são falsas, contrárias a toda razão. Os sábios videntes da Índia explicam essas enigmáticas palavras e tiram o véu da importância que existe nos conceitos errados de alguns religiosos. “Pobres de espírito” indica aquelas pessoas “e não têm qualquer coisa que perturbe suas almas; não têm inveja, ódios, rancores, véus de ilusão e de vingança.

São “os puros de coração que verão a Deus” (Mateus V 8). Se um rico com maus sentimentos não alcança a pureza integral do corpo e da alma, será impossível para ele experimentar as gloriosas qualidades divinas; tão impossível quanto querer passar um camelo pelo buraco de uma agulha (Mateus XIX, 24).



SE QUISERMOS CHEGAR A SER IOGUES compreensivos da união transcendente eterna da Substancia Primária da Vida, plena de transcendentes poderes, é imperativo lutar até empobrecer nosso espírito, deixando-o isento dos acúmulos que perturbam o avanço no Caminho Reto, que conduz à Verdade Imutável e à Vida Eterna.

Este estudo não teria utilidade prática se não recordarmos o sistema ou método de Yoga ensinado pelo Mestre Galileo, ao indicar o dhyana (meditação) ou as condições necessárias para efetuar com êxito as editações que nos conduzem ao conhecimento da Verdade e da Vida. O Senhor ensinou dizendo: “Entra em teu aposento, fecha portase janelas e, em silencio, adora teu Pai que está nos Céus” (Mateus VI, 6). Continuarei este assunto explicando os conceitos que contem cada frase.

“Entra em teu aposento”, significa o interior do ser, mas no mais profundo de nossa alma. Temos de seguir este Caminho. Nada nem o mais Excelso Ser Divino, pode realizá-lo por nós; cada individuo tem de transitar por si mesmo. Um mestre de sabedoria só nos pode dar indicações ou nos fortalecer mediante a Graça Divina, fonte d’Ele mesmo e com a invocação da Divindade, mas cada um de nós tem de andar por seu caminho individual.

Os guias espirituais colocam nosso carro físico neste mundo, com seu motor (atma, alma) e seu combustível (shakty, energia), mas somos nós que temos de dirigi-lo, transpondo obstáculos formados por enganos de personalidade, penhascos, fossos e muitíssimos outros estorvos. O esforço para vencer essas dificuldades aperfeiçoa nossa inteligência vida após vida, e desperta os poderes inerentes da Chispa Divina (fagulha de Deus em nós), acrescentando a insignificante faculdade do livre arbítrio que possuímos para que sejamos um bom guia para o nosso próprio destino.

“fecha a porta e jenelas” significa apagar totalmente os ruídos mundanos. Silenciar os cinco indriyas, ou sentidos físicos. Abstrair todo o pensamento que distraia o dhyana, ou seja, a meditação escolhida. Não tem de entrar em nossa mente qualquer pensamento ou idéia que seja estranha para o nosso propósito contemplativo.

“Em silencio, adora teu Pai que está nos Céus”. A palavra “silencio” indica um dos mais difíceis estados mentais, necessário para conseguir obter êxitos espirituais. Podemos, com certa facilidade, fazer silencio exterior; mas dentro do aposento de nossa mente, os pensamentos saltam de um lado para o outro, como numa luta enlouquecida.

Um papagaio fala e fala sem parar um instante. Dentro da mente, produzem-se conversações, gritos, insultos e projetos, como, também idéias mentais indesejáveis, precisamente nos momentos em que queremos deixar nossa alma “pobre”, ou ausente de toda complicação. Só queremos ouvir a “voz do silêncio”. Mas o papagaio não se cala, as idéias não deixam de saltar. Sem dúvida, é necessário chegar à paz da “Oração de Quietude” para ouvir a “voz do silêncio”, melodiosa e divina.

“Adorar” significa amar sem pretender recompensas materiais nem espirituais. Adorar é um fluido espontâneo de puríssimo amor, que nasce do mais profundo da alma da Divindade. “Pai” é a essência da origem de nossa vida. “Que está nos Céus”; essa substância sutil de onde surgem todas as coisas e seres é também chamada Céu. Espírito de Deus, existente fora e dentro de tudo. É a Luz da Consciência, Poder e Glória do Absoluto sem limite. Todos os seres, sem exceção, têm de passar, vida após vida, pelo doloroso caminho que conduz ao progresso eterno, reconhecendo e adquirindo maior sabedoria, poder e glória no tempo sem limite, andando pelo “Caminho da Verdade e da Vida”.




PARA A PRATICA, DIZER MENTALMENTE E PENSAR as seguintes frases.

Eu sou o caminho: recolhendo os sentidos; adentrando-se na profundidade da alma; irradiando amor universal para alcançar o Eu Superior unindo a mente humana com o Espírito Eterno pleno de divinos poderes.

Eu sou a verdade: o corpo físico, com a efêmera existência nos planos materiais, é uma verdade passageira. Quando se alcança a visão e consciência pessoal do Espírito Eterno, a existência material se assemelha a um sonho ou ilusão. Em troca, o atma ou espírito, com sua permanência indestrutível e eterna, é considerado como uma verdade real, em meio às verdades passageiras (momentâneas) dos planos materiais.

Continuemos o Caminho concentrando o pensamento no Sol Eterno de verdade permanente, raiz de nossa vida.





Eu sou a vida: quando se alcança a união ou yoga progressivo com o atma particular, adquire-se a consciência de que esse atma subsiste mediante uma base ou raiz universal, que na Ciência Yóguica é chamado de Param-Atma, o Supremo Espírito. Esse Supremo Espírito existe indiscutivelmente unido a tudo que surgiu, surge ou surgirá no tempo sem limite, infundindo, vida e consciência progressiva a tudo quanto exista, seguindo um plano divino de aperfeiçoamento de todas as formas materiais.

Alcançar a união consciente com o atma, mediante nosso esforço e firme vontade, é o único Caminho que nos conduz á obtenção da consciência da existência da Verdade, ou Deus Supremo.

“Por meio do Filho conhecerá o Pai”, ou seja, é necessário que o filho do homem físico busque o filho espiritual de Deus, nosso espírito pessoal. Com o encontro, começará a conhecer a transcendência ilimitada da vida presente no céu, na terra e em todo o lugar, transmitindo poder, sabedoria, glória e amor. É um fluir permanente vindo do mais profundo do eterno diretor espiritual de nossa vida, Quando reconhecemos nosso Caminho, tomamos contato consciente com a Verdade dentro de nós mesmos, depois com a Vida. Então, entraremos no Reino dos Céus, onde toda a Ciência Divina nos será revelada.

Dedicamos esta publicação como um serviço à Obra Santa, impulsionada pela Divina Hierarquia em benefício e felicidade de todos os seres.



Sri Vájera Yogue Dasa é instrutor de Yoga Brahna Vidya na América, Primeira Autoridade Iniciática Externa para o Ocidente do Mandalam do Suddha Dharma.





IMATURIDADE RELIGIOSA

Margareth Gonçalves (Devi Dásika)


Ao analisarmos o texto de Sri Vajera Yogue Dasa, fica claro que todas as considerações são procedentes da imaturidade religiosa que nós, humanos, insistimos em ter. Sabemos que existem três níveis de expressão religiosa.

1. AS RELIGIÕES BASEADAS NO MEDO.

Aquelas que, desde que nascemos, nos colocam numa condição de devedores. Por exemplo, já nascemos devendo algo a alguém, nascemos pecadores; nascemos de um ato de que Deus não gosta; merecemos castigos; podemos ser salvos, mas também podemos ser condenados; somos continuamente julgados; somos culpados, etc...

Se eu tenho a convicção de que Deus é inteligência perfeita, Ele não poderia julgar. Se Ele é amorosidade eterna, jamais iria derramar sobre a humanidade poderes de castigos. Se Ele é onipresente e onipenetrante, não deixaria de estar comigo um só instante. Se tudo é Ele, não pode existir o pecado e o erro, pois Ele está presente em todos os momentos de minha vida e em tudo que faço, principalmente quando eu estou me relacionando intimamente com alguém; é aí, nesse exato momento, que estou trabalhando a minha energia vital oriunda do Deus Universal. Se Ele é justiça, jamais excluiria uma expressão de vida, já que tudo é originário Dele mesmo; etc...

Essa é a forma mais primitiva de entendermos a natureza de Deus (sempre dentro de nossa limitação humana). Percebam que a imagem e semelhança estão dó lado inverso: nós, considerados humanos, é que julgamos, castigamos, condenamos, excluímos fatos ou seres de acordo com o nosso preconceito, estabelecido de acordo com nossa ignorância. A qualidade do Bem e do Mal está em nós, pois somos duais, ainda estamos vivendo sob esta lei do positivo e negativo; Deus não. Ele já superou essas diferenças, e precisamos entender que as análises estão sendo feitas no sentido contrário.


2. AS RELIGIÕES BASEADAS NA SOCIABILIDADE, OU SEJA, NA PROVIDÊNCIA.

Esta expressão de religião está condicionada às barganhas com Deus. Por exemplo, eu me torno seu devoto e, em troca, o Senhor me dá isto ou aquilo. Eu divulgarei sempre o Seu nome, assim o Senhor sempre me proverá abundantemente. Eu Lhe serei sempre fiel, enquanto o Senhor me for. Eu Lhe peço esta graça, em troca Lhe prometo algo.

Sempre as eternas promessas, provindas de nossa intelectualidade humana, cheias de absurdos e repletas de incoerências, exatamente o que Sri Vajera chama de sacrifícios inúteis. Vou à igreja uma vez por semana e, portanto, estou em dia com Deus, etc... Esta ainda e considerada uma imaturidade religiosa de acordo com o estudo e ciência da Yogaterapia, pois colocamos a imagem de Deus como um servidor de nós mesmos, e atribuímos os apelos não concedidos a um Deus ruim, mau, como é a expressão do diabo.

Já vimos que, no plano onde Ele habita, não existe dualidade. Ele simplesmente É. Então, como poderiam existir dois aspectos d’Ele, o bom e o mal, aquele que me dá e aquele que me tira algo? E se tudo provém d’Ele mesmo, a manifestação do incorreto, do separado, do feio, também vem d’Ele, manifestando essas qualidades chamadas de ásuricas (negativas) em nós, humanos em desenvolvimento consciencional. Isso significa que estamos em desenvolvimento da alma que ainda sofre imaturidades afetivas, mentais, sociais, morais e imaturidades religiosas. Isso vale principalmente quando nos referimos ao termo religião para designarmos nossa religação com o Divino. Ora, se a minha maturidade

religiosa me permite entender que essa Consciência eterna está sempre presente em mim, como necessito obrigatoriamente de uma religião para estar religado a Ele?


3. A RELIGIÃO CÓSMICA.

Nesta, não existe a figura ou arquétipo de um Deus castrador ou punitivo. Ele não julga, não derrama culpas sobre seus filhos, etc... Apenas nos vê como extensões de si mesmo, esperando que nossa imaturidade cresça, conquistando em consciência todas as possibilidades que o universo nos dá – já que este universo nos é dado por Ele mesmo.

Ele espera que consigamos conquistar, através de esforços próprios, o discernimento necessário para chegarmos a ser como Ele já o É, senhor absoluto de seus atos, pensamentos e sentimentos. Assim, não precisaremos barganhar nada com Ele, pois saberemos o que somos. Assim, não precisaremos mais ter medo d’Ele, pois saberemos quem somos. Assim, utilizaremos esta liberdade cósmica interna e externa – conquistada através de todas as maturidades, principalmente a religiosa – para trabalharmos o universo a nosso favor, isentos de ilusões, realizando ainda neste nosso plano físico o grandioso sonho de sermos eternamente felizes.

Fica evidente que há muito mais coisas para serem ditas a respeito desses três itens, mas fica aqui apenas um esboço. E aproveito para esclarecer que não possuo todo o conhecimento de Deus; ninguém o possui, já que Ele é infinito. Mesmo porque sou humana, e ninguém encarnado possui; porém, esses conceitos ainda são alcançáveis pela mente humana.

Também deixo aqui bem claro que não pretendi, em momento algum, denegrir o contexto de qualquer religião em particular. Se você se sentiu ofendido por algum comentário, antes de me julgar, peço que avalie, no mais profundo de sua alma, por qual caminho você está permitindo que sua alma se expresse, e qual o grau de imaturidade que ela está expressando neste momento.

Não sou partidária de religião alguma. Procuro ser consciente de mim mesma, expressando minhas qualidades e enganos sob uma ótica livre e responsável. A maior conquista que este caminho do yoga me proporcionou, através da escola Suddha Dharma Mandalam, foi a possibilidade de pensar, sentir e agir em liberdade, de não ter dogmas. Minha mente é essencialmente dialética. Não ajo sob influências de preconceitos, e procuro estar sempre desconectada de meus apegos humanos. Pelo menos, eu tento.

Namaskar,

Notas: (Extraído da revista Sexto Sentido 47, páginas 34-41)

Que mudanças tivemos em 10 anos de espiritualidade ?


Novamente fiz parte de uma enquete da revista "Sexto Sentido".

Margareth Gonçalves

E quanto ao universo esotérico/místico em geral, você acha que houve alguma coisa nova nesses 10 anos?
Em relação ao Esotérico, sim....como já disse, estamos em contínua evolução e a procura do "se encontrar", "se achar", aumentou muito. Universo Esotérico é nosso universo interior, conscencional, amadureciento das emoções, das almas, dos aprendizados, etc. Um dos fatores mais importantes neste período ao meu ver, foi o reconhecimento do ocidente pela importância da Meditação.Em relação ao Místico, não... Universo Místico é a expressão do mundo interno no externo, exotérico, é o saber lidar com cristais, cores, tarôt, magias e etc. Talvez o aumento da procura por este universo que é tão encantador possa ser um sintoma de crescimento, mas sinceramente, não vi nada de novo neste "período de dez anos".

O que mudou em sua vida, espiritualmente, nesses 10 anos?
Bem, particularmente nestes dez anos, experenciei circunstâncias e emoções das mais variadas e profundas. Todas elas valeram e muito para a observação do meu mundo esotérico. Posso dizer que, nestes 10 anos minha vida mudou substancialmente, tanto na frequência do sentir como no ângulo de percepção que tenho de todos os fatos que vivencio. Isso está sendo maravilhoso !!!!!

E quanto ao Universo esotérico/místico em geral, você acha que houve alguma coisa nova nesses dez anos?
Como já disse, houve a abertura dos portais do oculto e todos caíram sedentos para descobrir seus mistérios, muitos aventureiros inclusive. No mundo esotérico a transição de alternativo e quase marginal para ter um lugar na sociedade, pegou muitos profissionais desprevenidos, inclusive por que de repente quem nunca foi da área começou a se arvorar e utilizar recursos das áreas alternativas em outras atividades.Normalmente os praticantes de vias mais espirituais ,não são bons em lidar com o aspecto material, empresarial e acabavam ou aprendendo ou sucumbindo frente a estes "novos místicos".Mas isto também fez parte, afinal sempre quisemos reconhecimento e ele veio. Mas no verdadeiro caminho místico espiritual, aquele interno e pessoal, todos os que buscavam a Panacéia Universal depararam com a senda do autoconhecimento e da auto-superação para obtê-la e muitos desistiram.

Para onde vamos depois da morte?


Pessoas,
Aqui eu fui entrevistada pela revista "Sexto Sentido"...

Para onde vamos depois da morte? -

5 visões de para onde vamos após a morte
Pedimos a estudiosos/monges/religiosos que nos nos falassem no que acreditam existir após a morte:

Hinduísmo

Margareth Gonçalves (Devidasika)
Sacerdotisa Hindú do Suddha Dharma Mandalam,com especialidade em meditação, segundo a medotologia do "Suddha Raja Yoga",fundamentada no "Sanatana Dharma ".

E eu te pergunto também "O que existe antes dela?"
Tudo vai depender da nossa referência do que seja "VIDA" !!!!! Sim, é isso mesmo....
Se pra você "vida" é tudo o que está "antes" desse estado chamado "morte", então fica limitada nossa percepção da realidade. "Vida" é infinita, contínua, é o fio de Sutratma (Tantra), ou seja, a eternidade.....o que nós vemos na matéria corporal é só uma expressão dessa chamada "vida".
Por exemplo: Um "mala" ou mesmo um rosário, pode ser interpretado como uma configuração da expressão de vida....o fio ou cordão que une todas as contas é a representação da vida infinita, eterna....e suas
contas a expressão dessa mesma vida na matéria ou fóra dela....portanto, se temos esta percepção de "Vida", a "Morte" será nada mais do que uma qualidade da matéria (um momento a serexperienciado) e consequentemente após este estado, a "Vida" continua tranquilamente nos oferecendo experiências sempre Divinas.
A morte é uma Ilusão !!!!!
Esse estado de morte sempre acontece em nossa vida quando necessitamos de "Justiça". Ela , a morte, nos iguala á todos !!!! No final colocarei uma "Oração a Morte" e vocês verão quanto ela é magnífica,
nos libertando de tudo quanto nos aprisiona e nos deixando novamente livres para continuarmos nossa caminhada pela "VIDA".
O que existe após a morte? Nada, se tua expressão de vida antes dela foi privada de Amor e consequentemente separatista, e Tudo, se tua expressão de vida antes dela foi nutrida no Amor e consequentemente Unitiva. Isto não quer dizer que, áquele que se privou de Amor estará fadado a sucumbir, NÃO, pelo contrário, sempre será dado á este ser a oportunidade de reaver estes conceitos através de suas experimentações através de inúmeras manifestações na matéria física e é exatamente aqui que entra a grande benevolência da Inteligência Cósmica que nos proporciona a oportunidade infinita da rematerialização ( conhecida popularmente como reencarnação), tornando-se então uma Unidade
Consciênte com o TODO, podendo alcançar o estado de "Tudo" e gozar do estado de "Glória" que nos propõe a expressão hinduísta que morte é um "Maha-Samadhi" ou seja, um estado concencial de supremo êxtase.
Obviamente que todo este processo é seguro e está protegido pelo Dharma (lei) que rege nosso Universo....é de um mecanismo simples e ao mesmo tempo inteligente, que não cabe aqui dissertar, pois é muito vasto e cobraria de nós tempos infindáveis de estudo, mas acredito que em resumo é isso.
Chegando neste plano de Consciencia, podemos gritar aos mundos de uma forma triunfante a máxima do Hinduísmo: EU SOU TU, TU ÉS EU, NÓS SOMOS "OMMMMM"......
Mais um exemplo bem popular: Para os que gostam de futebol. A sua vida é um jogo de futebol no estádio, após 90 minutos o jogo acaba. Se seu time ganhou, você sai em "glória" se não, é a morte pra você, e assim você esperará ansiosamente pelo próximo jogo . Mas independente do resultado da partida, sua vida continua.....logo, sua vida NÃO é o jogo em si, por isso ela (vida) continua eternamente...até você ganhar em conciência (largamente no placar) e experenciar o estado de "Maha-Samadhi" para continuar vivendo já numa outra esfera torcendo até para outra modalidade de esporte.

Concluindo: O que existe após a morte?
Resposta: Vida contínua.....

ORAÇÃO A MORTE

Divina ilusão:

Mãe Augusta e Providencial de todos os Seres,
És a Suprema Fonte da Vida e da Justiça.
Em teu fecundo seio todas as coisas se purificam, todos os destinos se
renovam, na celeste apoteose da Evolução.
Tenebroso fantasma dos maus, doce miragem dos Santos,
És a obra mais bela da Natureza, a mais sublime manifestação da Verdade.
Ante tua esfinge translúcida e calma, a inteligência dos sábios se
humilha, o orgulho dos déspotas se abate, a vaidade dos tolos
enlanguesce, a prepotência dos fortes se envergonha e a ignorância
dos simples se ilumina.
Tens o poder milagroso de transformar lama em diamantes, de converter
estrume em flores lindas, de transfundir nebulosas em estrelas.
Sob teus pés a História dos séculos dorme o sono eterno e insensível,
entre cinzas de impérios fabulosos e escombros de civilizações que a
voragem do tempo consumiu...
Tronos veneráveis que pareciam perpétuos ruíram fragorosamente ao
sopro frio de tua gélida presença...
Organizações imponentes, cidades faustosas, tesouros inestimáveis
desapareceram ao leve impacto de tua passagem...
Reis dominadores e cientistas célebres, filósofos geniais e artistas
talentosos debruçaram, obedientes, em teu manto de trevas abismais...
Apaziguando os ódios e as agonias dos homens, és como a escuridão das
cavernas, como o silêncio dos bosques virginais ou como a imensidade
reluzente dos desertos ensolarados...
Sincera Amiga e Piedosa Irmã!
Continua a acender nas almas tristes a centelha bendita da esperança.
Espalha as tuas cariciosas consolações nos lares entenebrecidos pelas
sombras aviltantes da discórdia.
Abranda os desesperos ocultos dos ricos angustiados e alivia as
aflições ostensivas dos pobres ambiciosos.
Enxuga as lágrimas ferventes dos que choram a ingratidão e a injúria,
e dulcifica o sofrimento dos que padecem o calor causticante dos
remorsos tardios.
Diminui os infortúnios da Terra...
Cumpre tua missão indefinível como um Anjo de Paz e de Amor.
Sobretudo, perdoa à Humanidade egoísta e ignorante.
Desculpa, também, aqueles que se rebelam contra a tua realidade.
Eles não sabem que não existes....

Nazareno Tourinho

Alguns versos que escrevi em 1970


Elaiá.... continuemos.....
Agora nos anos 70 !!!!!
Época boa essa !!!!! adolescente sempre é meio estranho....

"Um dia pensando em ti, escrevi longos poemas; esses poemas traziam a doce ternura de um amor ofuscalizado".

"Não sei por que choro e sofro com tanto amargor, só sei que te amo com tanto fêrvor".

"Essas incontidas horas que passo sem você, revelam um destino bastante solitário".

"As florês que você me deu, transmitem tanto amor, que só podem ter nascido no jardim onde você nasceu".

"Sózinha, contemplo a verdade de D'eus e a mentira dos homens."

"O Amor é feito das expressões do rosto de uma pessoa".

"A tristeza merece lugar só no coração e não no corpo".

"Quem já andou pela estrada do Amor, sabe que a mentira é hipócrita e oportunista".

"Para sermos Homens, precisamos Nascer;
Para sermos Grandes, precisamos Lutar;
Para sermos Gente, Precisamos Amar;"

"Sempre existirão aqueles que procuram na mentira a verdade.
Pena que não saibam que a verdade não tem aliadas, aliás ela é tão forte que não precisa de cúmplice".

"Saudade...
Saudade de alguém...
Saudade de algo, ou simplesmente do passado...
E principalmente de coisas que falam...
Saudade dói, mas sem essa dor nos tornaríamos simplesmente matérias."

"Saber tudo na vida, não é o essencial. O importante é se descobrir as coisas e nunca deixá-las de lado".

"Saber sorrir é um previlégio dos que amam".

"A ilusão é a casa dos que sonham...
A verdade é a casa dos sensatos...
A justiça é a casa dos nobres...
A felicidade é a casa dos pagadores..."

"A verdadeira felicidade consiste em amarmos com leal desenvoltura e paciência".

"Um dos verdadeiros sentidos da vida é construirmos coisas em que tanto os outros como nós possamos aproveitar".

"Um dos motivos da vida é a ânsia de viver e a vontade de amar."

"Saber falar é um privilégio...
Saber escutar é uma virtude...
Saber Amar é uma riqueza e um Dom natural..."

"A natureza não sabe falat, porém ela se expressa através do nosso íntimo."

"Saber amar é uma arte tão misteriosa que nos torna simplesmente essência."

"Se o mundo soubesse amar...
Ninguém viveria a sofrer...
Se o homem apreendesse a dizer o que sente, saberia sorrir...
A paz, tão grande que um dia há de vir,
O amor tão puro e tão grande há de servir...
A crença tão mística e rolante assim...tão só."

" Que em toda uma vida, se faça Amor.
Que as criaturas sintam essa necessidade de se dar.
O caminho da verdade está para ser conhecido."

"É preciso que se tenha Paz...
É preciso que se faça a Paz..."

Bancando de poeta na adolescência


Meus lindos,
Falei que começaria meu Blog com poemas e versos escritos por mim qdo ainda bem novinha.....kkkkkkk mas achei na net várias matérias que escrevi pra revista "Sexto Sentido", aí resolvi postá-las antes....
Estarei postando aqui vários versos que escrevi em 1968 e 1969.
Nossa, me surpreendi quando reli tudo isso !!!! quanto sofrimento !!!!! tão novinha !!!!! com certeza eu já me referia a um amor perdido, claro, não nesta remanifestação, mas sim, em outra passada !!!!mesmo porque nem tinha idade pra já estar vivênciando um amor frustrado. Então, resolvi esquecer alguns poemas e editar sómente os mais suaves.....e eu que falei que sempre fui feliz !!!!!! quebrei a cara !!!!!!! kkkkkkk já tinha me esquecido desses momentos.....eu só tinha 12 aninhos.....

"Os anos de minha vida são tão longos e pesados; longos por sempre estar amando, pesados por já conhecer a desilusão".

"As horas que passei a teu lado, são horas inesuqecíveis, as quais daria tudo para revivê-las novamente."

"Quando o conheci nada senti, mas quando o encontrei quase morri".

"Se você se portasse com um pouco mais de sinceridade comigo, ficaria tão grata que poderia lhe encontrar num outro caminho".

"Sei que amar é sofrimento, mas sofreríamos muito mais se não amássemos".

"O Amor que conhecemos não é taõ belo quanto aquêle que ainda vamos conhecer".

"As pedras do meu caminho aparecem com sofrimentos, porisso são tiradas com muito Amor".

"Eu te amo, por que a vida é um tempo e meu tempo é você !!!".

"Seus olhos são tão lindos que um dia me embebí para vê-los eternamente".

Avataras: Almas Divinas



Segundo a Suddha Dharma Mandalam, os avataras, tão falados e comentados ao longo dos tempos, descem ao nosso plano para nos ajudar em nosso caminho em direção a um plano superior de consciência.

Por Margareth Gonçalves (Devi Dasika)

“Avatara” significa ‘descenso’, ‘descida’. Os grandes seres, em seu estado natural, permanecem invisíveis e imortais. Podem assumir qualquer forma visível e fazer tudo o que seja necessário para cumprirem sua missão entre nós: auxiliar o processo de conscientização e espiritualização da humanidade.
Os avataras seguem leis tão especiais quanto eles. Assim, toda precaução para com o tema é necessária, pois são muitos os que se dizem avataras, entorpecendo a visão e o conhecimento correto.
O progresso dos seres no mundo ocorre através de incontáveis milhões de anos. Surgem e submergem continentes, onde nascem e morrem gerações de evolucionantes existências, as quais, devido ao incipiente estado de suas consciências, amiúde quebram ou tentam mudar as Leis da ordem material e espiritual.
Quando a evolução dos seres nos mundos está incipiente, e o estado de suas consciências também, Bhagavan Narayana, (o Deus Planetário, o Logos ou Ordenador do Céu e da Terra) chama à sua excelsa presença aqueles arcanjos que queiram se sacrificar descendo do luminoso plano de glória onde estão até o denso plano inferior, para comunicar aos humanos a sabedoria das leis eternas, a fim de que eles possam continuar sua ascensão pelos cinco planos sutis que formam a vida universal.
Esses seres são siddhas, mais conhecidos como “senhores da compaixão” ou “arcanjos” no Ocidente. O ato de renúncia aos estados gloriosos que ocupam promove a Eles maior glória, inteligência e poder, após haverem cumprido sua missão. É assim que todo sacrifício, material ou espiritual, executado com maestria, impulsiona o ser a uma superior categoria hierárquica condizente com seus próprios méritos. De outra maneira – sem méritos – ser anjo, avatara ou um narayana não teria valor.
Toda a doutrina do avatara, na Suddha Dharma Mandalam, é baseada no Srimad Bhagavad Gita, mais especificamente em seu capitulo III – “Avatara Dharma Gita”. O próprio Senhor revela o motivo de suas manifestações periódicas como avatara: “Sempre que, ó Bháratha, decai o Sanathana Dharma e sobrevém uma preponderância do Adharma (‘antilei’), manifesto-me como um Siddha para ensinar o verdadeiro conhecimento do Sanáthana Dharma [III-13]. Para proteção dos justos, para transmutação do Adharma em Dharma (‘Lei’) e para o estabelecimento do Sanáthana Dharma, manifesto-me em formosas e benéficas encarnações, para ajustar o Dharma às necessidades dos tempos [III-14]. Porém, se eu não estivesse continuamente empenhado na atividade de manifestação para conservar o Dharma, todos os homens, ó Pharta, deixariam igualmente de se esforçar para conservá-lo [III-16]”.

O Que Desce
Aceito por Bhagavan Narayana, o siddha que vai descer ao mundo denso, a divina hierarquia concorre para preparar as condições sutis e densas que servirão para o maior êxito da missão que vai cumprir o enviado angélico, ao qual, na Índia, se dá o título de avatara, ou seja, “o que desce”. Dentre as ajudas proporcionadas por Narayana aos avataras, menciona-se que o mesmo senhor Narayana conecta uma parte de seu ser com a alma do Escolhido, e, segundo sejam a proporção e forma da união acidental, o avatara toma diferentes denominações. Avatara é uma manifestação do aspecto stiti ou conservação do Bhagavad Dharma; por isso, tradicionalmente, os avataras são considerados manifestações de Maha-Vishnu (um dos aspectos da trimúrti indiana superior). Em virtude da consciência divina que está além da forma, a transcendência inata do avatara não é afetada, conservando sua identidade com o Ishwara (Narayana, Paramatma ou consciência superior). Por isso Jesus podia dizer: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”; e Sri Krishna: “Eu existo transcendentalmente em todas as minhas manifestações, nenhuma das quais prefiro ou rechaço”.
Essas encarnações avatáricas são as mais grandiosas e transcendentes, ocupando o quarto grau das encarnações do nosso planeta. Existem ainda as encarnações avatáricas menores, que são aquelas em que, de acordo com a vontade divina, alguns seres tomam corpos humanos já encarnados e cujas iniciações já estão impressas em seus respectivos egos, já possuindo conhecimento apropriado e vontade em trazer a bem-aventurança para a humanidade. Eis alguns mártires que atuaram neste planeta, recebendo inúmeras iniciações em uma ou em várias vidas anteriores em preparação de sua missão: Joana D’Arc, Helena Blavatsky, Annie Besant, mahatma Gandhi e inúmeros outros.

Dom da Visão
A prova máxima que distingue os avataras e pela qual Eles se revelam é a capacidade de outorgarem e assegurarem aos devotos seguidores do Dharma o dom da divina visão. O verdadeiro avatara nos concede o poder de enxergar com o “terceiro olho” tudo o que está mais além, de forma verdadeira e pura. “Como tu não és capaz de contemplar-me com teus próprios olhos, eu lhe outorgo a visão divina, com a qual contemplarás meu Supremo Yoga”. É sabido que Jesus, por exemplo, transfigurou-se para alguns de seus discípulos, no monte das Oliveiras.
Um dos aspectos fundamentais da doutrina do avatara, segundo a Suddha Dharma Mandalam, é de que todos Eles são manifestações de Bhagavan Narayana em diversas formas, como veremos a seguir. Isso significa que Rama, Krishna, Buda, Jesus, Mitra Deva e outros se originam do mesmo Governante Supremo da Evolução da Terra, e manifestam-se de diferentes formas, de acordo com as necessidades de tempo, lugar, circunstância e missão. Esse conceito unifica, de maneira extraordinária, as diversas religiões originadas a partir dos seguidores desses avataras, porque se compreende que todas elas têm uma mesma origem e objetivam restaurar o Dharma (Lei) no mundo.




Em suma, o avatara é um ser angélico muito especial que, por livre e espontânea vontade, se predispõe a descer a um plano mais denso, para trazer à humanidade a recordação da fé, da esperança, do amor, da justiça, da união, do respeito através da lei maior do universo, expressada através do Bhávana (unicidade cósmica). São seres de constituição física divinal; ou seja, não são iguais a nós, pressupondo dentre várias qualidades o não-sofrimento, pois não estão influenciados pela lei da dualidade. Seus pais também são avataras; e depende exclusivamente deles a execução e a manutenção de energia desses seres aqui na Terra para a execução plena de suas missões. É por isso que, quem venere a qualquer d’Eles, honra por conseqüência a Sri Bhagavan Narayana.

Grupos de Avataras
Como vimos, os avataras divinos, ou siddhas-salvadores, são seres divinos que, com imensa compaixão, se entregam ao sacrifício de descer dos planos de glória para ajudar a evolução dos seres, sob a inspiração de Bhagavan Narayana, que os ajuda com parte de seu poder.
O Supremo Deus (Parabrahmam) é o onipotente e onisciente poder infinito. Sri Bhagavan Narayana, arcanjo da Grande Fraternidade Branca Universal, é o nome de uma semente contida no Parabrahmam, a qual evoluiu através do ilimitado tempo passado até chegar a ser, presentemente, o supremo chefe da evolução de todos os seres em um planeta habitado. A hierarquia angélica (siddhas) é composta pelas inumeráveis consciências que evoluíram em outros planetas ou neste, através de inumeráveis eternidades. São todos os mestres da GFBU.
Os avataras podem ser classificados em cinco grupos, conforme a maneira e a intensidade da manifestação de Narayana:
1 – Avesha avatara: quando o mestre da hierarquia, para isto designado, nasce neste mundo e, em determinado momento, o poder de Narayana manifesta-se através dele por um determinado tempo.
2 – Anupravesha avatara: ocorre tal como o Avesha, porém a manifestação de Narayana através do mestre se faz de um determinado momento até a morte física deste grande ser. Um exemplo é o de Jesus, cuja manifestação do Senhor Narayana iniciou-se mediante o batismo de São João Batista e terminou quando Jesus, crucificado, disse: “Senhor, por que me abandonaste?”. Depois daquela divina união com a luz crística do santo espírito de Narayana, efetuado no rio Jordão pelo seu mestre iniciático de nome João Batista, o nazareno leva o nome de Jesus Cristo, que quer dizer ‘o salvador iluminado’. Essa união “retira-se” de Jesus antes de sua morte física, e essa é a razão de suas palavras supracitadas. Temos de elucidar que o Supremo Deus jamais, por motivo algum, pode abandonar qualquer ser, posto que Ele mesmo é a Vida de sua Vida; o que “retira-se” é a porção de seu Espírito Santo que havia se unido ao ser divino de Jesus no ato batismal.
3 – Amsa avatara: é quando 7% do poder do senhor Narayana revestem-se de matéria e encarna neste mundo. Essas proporções variam segundo o trabalho que tem de cumprir o enviado, como também conforme a menor ou maior pureza do veículo físico no qual se manifesta.
Sri Bhagavan Mitra Deva, nascido em nossa época, como um amigo divino, está inspirando em muitos homens e mulheres a ciência da Suddha Raja Yoga, a fim de que, mediante essa sabedoria divina, os homens perversos convertam-se em abnegados seres humanos, os humanos em santos e os santos em divinos.
4 – Kandha avatara: é quando ¼ do poder do senhor Narayana manifesta-se por meio de uma encarnação.
5 – Maha avatara: quando metade do poder de Narayana manifesta-se. Essas encarnações divinas acontecem em grandes transições de eras. Nos livros sagrados se diz que a alma de Sri Krishna e Sri Rama foi unida antes de nascer com a metade do poder de Narayana; essa união é indestrutível enquanto viva o avatara sobre a terra. Um avatara desta classe não pode morrer destruído por velhice, enfermidade, fogo, etc – sequer por uma explosão atômica. Como Narayana venceu a morte em virtude do poder adquirido em sua peregrinação evolutiva através de inumeráveis encarnações em diferentes mundos, não deve jamais experimentar a agonia da morte.
Existem também os avataras femininos, dependentes da Mãe Cósmica Sri Yoga Devi (Senhora de união de todos os anjos).

Glória ao Senhor do Mundo
Om Namo Narayanaya

Saint Germain e as Transformações do Novo Milênio



Quem é Saint Germain de que tanto temos ouvido falar nos últimos anos? As explicações variam, mas todas concordam em um ponto: ele está atuando diretamente junto às consciências e espíritos humanos com o objetivo de tornar o planeta melhor e mais evoluído.

Gilberto Schoereder

De uns tempos para cá temos ouvido muito sobre um Mestre de nome Saint Germain, geralmente visto como um ser iluminado que fornece instruções para uma vida espiritual mais elevada — uma espécie de guia para conduzir a humanidade até seu próximo patamar evolutivo, sem violência e em harmonia. Ele é apresentado de diversas formas, tendo atuando em carne e osso durante vários períodos da História, e em espírito constantemente.
Diz-se que sua última encarnação no planeta foi na época da Revolução Francesa, quando se apresentou como o Conde de Saint Germain, visto por toda a nobreza européia como um homem capaz de fazer milagres — um alquimista de poderes fantásticos, tendo vivido cerca de 500 anos sempre com a mesma aparência. Mas diz-se também que ele já esteve entre nós em tempos bem mais remotos. No livro Os Senhores dos Sete Raios, Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet explicam que há mais de 50 mil anos existiu uma grande civilização no local onde hoje se encontra o deserto do Saara, e que essa civilização era governada pelo mesmo Saint Germain. Segundo os autores, as pessoas que habitavam esse país, súditos de Saint Germain, detinham o uso pleno e consciente da sabedoria de Deus, com faculdades que hoje nos pareceriam muito acima do humanamente compreensível.
Saint Germain, como governante da região, mantinha viva a memória das pessoas de que estas eram oriundas do Grande Núcleo do Cosmos Espiritual-Material, e que sua função na Terra era se tornar centros solares, extensões do Deus Único. Essa civilização entrou em declínio no momento em que as pessoas passaram a se interessar mais pelos prazeres passageiros dos sentidos, perdendo a consciência do poder divino. O governante — representante encarnado da Hierarquia Espiritual da Terra, chefiada por Sanat Kumara — recebeu então instruções de um conselho cósmico para deixar o império e seu povo, para que eles aprendessem sobre as leis da vida pela experiência própria. Desta maneira, ainda segundo os Prophets, o objetivo das sucessivas encarnações de Saint Germain sempre foi libertar os filhos da Luz.

Outras Vidas
Saint Germain também teria retornado à Terra como Sumo Sacerdote no Templo da Chama Violeta, na Atlântida, há cerca de 13 mil anos. E novamente como o profeta Samuel e como São José. Posteriormente, foi o soldado romano Albano e o mestre e mentor dos neoplatônicos da Grécia. Ressurgiu como o mago Merlin, uma das figuras mais conhecidas e comentadas das lendas da Grã-Bretanha, que muitos diziam possuir poderes mágicos fantásticos.
Numa das encarnações teria sido Roger Bacon (1214–1294), outra figura misteriosa da história, com conhecimentos científicos impossíveis para a época em que viveu. Diz-se ainda que Saint Germain teria encarnado como Cristóvão Colombo (1451–1506) e como Francis Bacon (1516–1626). A última encarnação teria sido justamente na personalidade de Conde de Saint Germain, cuja presença na sociedade européia foi como uma bomba — alguns o viam como charlatão, alquimista, espião a serviço de diversas potências e diretamente envolvido nos acontecimentos políticos do século XVIII.
Carmen Balhestero, diretora da Pax Universal, diz que atualmente o foco principal do mestre Saint Germain na Terra localiza-se no Monte Shasta, Califórnia, um dos locais mais comentados e procurados por místicos de todo o mundo. “Ele irradia vibrações através daquele local”, ela explica. “Várias pessoas da cidade que fica próxima dali já viram algumas coisas estranhas acontecendo no monte, como imagens de anjos que surgiram quando as pessoas estavam vendo televisão”. Segundo Balhestero, a forma de atuação de Saint Germain é muito simples e não necessita de nenhum aparato especial. Por exemplo, se as pessoas que estiverem lendo essa matéria agora quiserem consagrar um espaço a ele, à energia do Mestre, basta escolher um local ou objeto como o foco dessa energia. Não é preciso comprar livros sobre o assunto, uma vez que Saint Germain vê o coração das pessoas. “Se a pessoa quiser ser um foco”, ela continua, “pode abrir o coração, determinar um horário uma vez por semana e permitir que a energia divina flua através dela para a Terra. O Mestre quer mais focos de luz”.
Carmen diz que Saint Germain — que também voltou a Terra como energia inspiradora de Shakespeare e Leonardo da Vinci, e fundou a maçonaria e a Sociedade Teosófica — é um ser que já venceu este nosso plano dimensional. “Ele é um sol, como todos nós somos; só que ele é mais forte. Ele tem vários raios. O sol empresta raios de luz para que ele tenha personificações em corpos diferentes, para poder atuar na Terra”. E, em sua última encarnação, diz a mística, Saint Germain mais uma vez procurou evitar o sofrimento das pessoas, o que aconteceria com a chegada da Revolução Francesa. “Só que o livre arbítrio humano levou à Revolução Francesa”, ela conta. “Saint Germain falhou? Não, porque a lei espiritual, a lei universal, a lei de Deus diz que ninguém tem o poder de interferir no livre arbítrio de outra pessoa.”

Hierarca
Margareth Gonçalves, Presidente Instrutora do Ashram Sarva Mangalam da ordem mística Suddha Dharma Mandalam, detalha a situação e importância de Saint Germain em nosso planeta explicando que a constituição suprema da Terra é de Sri Bhagavan Narayana (o Deus Planetário), Naradeva (um fragmento do próprio Narayana), Sri Yoga Devi, a Grande Mãe (a Shakti de Narayana), os quatro Manús, os quatro Kumaras e os Sete Grandes Rishis — ou seja, Hierarcas, Sábios e Videntes a cargo dos sete raios, e mais trinta e dois Siddhas.
“Este mesmo Narayana”, ela explica, “se manifesta como Dakshinamurti, Sanat-Kumara, Melquisedeck e também como os quatro Kumaras (que são arcanjos). Todos vieram de Vênus. Saint Germain é reconhecido pela Suddha Dharma Mandalam como Devapi. Ele é um dos sete Hierarcas que atuam próximos a Bhagavan Narayana, também chamados de Sapta-rishis — os senhores dos sete raios ou reckas, no hinduísmo, também conhecidos como Rekhacharias ou instrutores dos raios. Cada um ocupa um lugar de destaque. Especificamente, Devapi é considerado O Senhor do Bhulokas, o representante direto de Bhagavan Narayana. Ele tem o cargo de Rei e é o Senhor de todos os que estão ocupados no ensino da Yoga Brahma Vidya, a Ciência Sagrada Espiritual”.
Bhulokas é o sétimo plano da consciência, ou sétimo raio, que representa a energia terrena. “O nome desse Hierarca”, continua Margareth, indica por si só a particular função que desempenha no Divino esquema, que tende a proteger e impulsionar a marcha da criação de Deus. Em outras palavras, sendo Devapi o representante direto do Senhor Narayana, fica óbvio admitir que Ele é o próprio Diretor Planetário, somente ocupando outro cargo, que é fruto de sua própria essência. Portanto, sua importância é suprema, da categoria de uma deidade máxima”.
Margareth Gonçalves não cita o Monte Shasta, mas vê a atuação de Saint Germain no plano físico de forma ligeiramente diferente. “Segundo o ponto de vista da Suddha Dharma”, ela explica, “em primeira estância, Saint Germain é o próprio Narayana, o diretor do nosso planeta. Ele está contido em tudo e em todos”. Uma visão que concorda com a de Balhestero, quando ela afirma que basta abrir o coração para se aproximar do Mestre. “Ele está contido em tudo e em todos”, explica Margareth. “Basta ter vida, através da Chispa Divina que habita no nosso coração espiritual, ou seja, o nosso Atman, ou espírito. Fisicamente, Ele habita uma aldeia sagrada chamada Shambala, juntamente com mais nove oficiais —rishis, maharishis, yoguis, mahatmas e siddhas. Cada um desses oficiais está dedicado à nobre tarefa de proteger o bem-estar da humanidade”.
Shambala, da qual já se falou muito nos séculos XIX e XX, encontra-se ao norte do Himalaia, juntamente com outras quatro aldeias sagradas, mais precisamente na região de Badari-Vana. “É nessa região que está constituída a sede da Suddha Dharma Mandalam. Todos que ali habitam, inclusive Devapi, são adeptos da Suddha Dharma”.



Várias Visões
A Suddha Dharma atribui pouco significado às encarnações anteriores de Saint Germain, se ele foi ou não aquela figura misteriosa da corte francesa. “Para nós”, diz Margareth, “esses fatos servem como curiosidade e não têm uma importância tão relevante. O mais importante é o que somos e o que representamos aqui e agora. Claro, reconhecemos as informações, mas não nos deixamos influenciar por elas. O passado é de extremo interesse para o ser que o tem, pois o passado dita carmicamente os atos, passando para esse ser qual será sua provável colheita, ou seja, seu dharma, sua lei. Portanto, para nós, Devapi é Devapi. Ele não deixa de ser mais ou menos por ter sido este ou aquele em personalidade. Hoje, Ele exerce a função de um Hierarca. Luz pura, consciência plena, vontade determinante. É isso que o faz grandioso. Não cultuamos em hipótese alguma a personalidade. Ele conquistou essa condição, por isso, tornou-se Mestre”.
Dada a imensidade de pessoas que atualmente se referem a Saint Germain, parece inevitável que as visões a seu respeito tenham diferenças. Nos casos em que ocorrem canalizações de mensagens, é de se esperar que elas sejam diferentes, que sejam interpretadas de formas diversas, de acordo com a cultura e história pessoal de cada um. Algumas pessoas chegam a afirmar que existe uma dose de má-intenção por parte de algumas pessoas ou grupos, aproveitando-se da fé das pessoas para obter algum tipo de ascendência ou ganhos financeiros.
Para a Suddha Dharma a questão é simples: todos estamos em contato com Saint Germain, uma vez que Ele é considerado o próprio governante planetário como Devapi, exercendo o poder do próprio Deus diante do nosso progresso espiritual. Para Carmen Balhestero essa situação também é facilmente explicada, uma vez que existem milhares de pessoas no mundo recebendo a influência do grande iluminado. “O que o plano espiritual gostaria e Saint Germain quer”, diz Balhestero, “é que cada um possa estar canalizando, porque aí cada um sabe de si e vive bem, em plenitude”. Mas ela acrescenta que, nesse caso, também deve ser considerada a questão do ego.
“Na época em que comecei a canalizar, 21 anos atrás”, ela conta, “a palavra canalização sequer era usada. E não é que as outras pessoas não estejam recebendo (as mensagens). Mas, veja bem: eu faço jejum toda semana, sou vegetariana há 21 anos, tenho uma prática diária, porque espiritualidade é o que você é 24 horas por dia. Não se trata de ir a um local, num dia da semana e receber o plano espiritual, canalizar. Mesmo para mim foi difícil aceitar e acreditar que esses seres estavam vindo a mim. Não acho que exista maldade das pessoas. Eu acredito que todo mundo queira acessar essa energia dos Grandes Seres, mas às vezes tem muito do consciente da própria pessoa”.

Os Seres de Luz
Segundo Carmen é fácil identificar corretamente quem são os seres de luz, os que pertencem à Fraternidade Branca Universal: eles jamais dão uma notícia negativa, pois para eles a negatividade não existe. “A negação, as trevas, é criação humana, não de Deus. Espírito de Luz não conhece o outro lado, conhece luz, amor, paz. O resto é criação do ego, da personalidade, é energia da Terra. Eu também fico triste, fico chateada com as minhas coisas aqui no dia-a-dia, mas não deixo que afetem meu lado espiritual nunca. Conheço várias pessoas que começaram no caminho espiritual e, depois, porque a vida profissional ou principalmente a vida afetiva não estavam bem, eles fecharam a porta espiritual, e dizem que só voltam ao caminho se seu lado afetivo ou profissional for solucionado. Isso não tem nada a ver, porque com Deus você não barganha, com o plano espiritual não existe essa situação de ‘só faço isso se você me fizer aquilo’. Infelizmente, vejo muito disso na consciência nas pessoas aqui”.
Balhestero diz que parou de falar em conferências internacionais justamente devido a um desses momentos em que o ego fala mais alto. Durante uma conferência, em 1990, uma mulher se aproximou dela e disse: “Eu recebo o arcanjo Miguel. Quem você recebe?”. “Achei aquela frase o fim da picada”, conta Carmem. “Interessa quem você recebe? Interessa quem você vê? O que interessa é a mensagem, para que as pessoas vivam felizes e não fiquem nessa disputa de ego. Todo mundo tem acesso a tudo. É por isso que adoro a Fraternidade Branca e amo Saint Germain. Ele me falou que eu posso parar com tudo a qualquer momento e continuar com minha vida, porque abdiquei de muita coisa de minha vida pessoal e profissional para estar vivendo 24 horas o plano espiritual, como ele pediu. E não me arrependo — eu faria tudo de novo. Acredito que as pessoas estão com uma ânsia de conhecer tudo a respeito de espiritualidade — e como a Fraternidade Branca é um assunto novo, e as pessoas estão percebendo que a energia está muito forte e os mestres estão muito presentes, todo mundo quer acessar essa irradiação”.
Isso não representa um problema, segundo a mística, mas é preciso tomar cuidado com outras coisas. “Como os Mestres podem cobrar para atender?”, ela questiona. “Tem pessoas que atendem individualmente, cobrando porque vão receber uma canalização do mestre x, y ou z. Não tenho nada contra o dinheiro, acho ótimo na parte profissional. Mas na parte espiritual você não pode misturar as estações, principalmente quando o trabalho está guiado por esses seres da Fraternidade Branca, porque eles estão preocupados com o bem-estar do todo, não querem ego, individualidade. O que eu acho legal é que eles trabalham em fraternidade. É um por todos e todos por um. É todo mundo trabalhando pela humanidade, e não por um fulano ou fulana que está nos EUA, na Suíça ou em outro lugar. Se o Mestre é de luz e da Fraternidade Branca, ele nunca vai cobrar. Acho o fim da picada as pessoas pensarem que, para valorizar alguma coisa, é preciso pagar. Eu acredito, como Saint Germain diz, que a mente humana está muito doente, as pessoas estão muito longe da verdade”.

O Trabalho na Terra
Desconsiderando as pessoas preocupadas com o ego e outros assuntos que nada têm a ver com espiritualidade, os pontos de vista sobre Saint Germain são convergentes, especialmente no que se refere ao seu trabalho no planeta. “O trabalho dele”, explica Margareth Gonçalves, “bem como o de toda a Hierarquia, é inspirar-nos para que elevemos nossos níveis consciencionais aos mais altos planos de glória, porque só assim conseguiremos alcançar a mente unitiva, o Bhavana. Ele também nos inspira no supremo caminho da transmutação do karma negativo para karma positivo. Através da chama violeta — cor que designa a mais alta condição de espiritualidade —, Ele nos dá a condição plena de entrar em contato com nosso Eu Superior. Ele também nos relembra sempre de como deve ser nosso caminhar na vida prática, utilizando os rituais e a chama sagrada. Está em suas mãos a custódia do planeta. Saint Germain é mago, alquimista, nos transmite e faz recordar toda a nossa história com a magia branca. Ele nos faz entender a grandiosidade que somos, levando-nos sempre a uma consciência cada vez maior, nos possibilitando o entendimento da Yoga-Brahma-Vidyya, que nada mais é do que a síntese do amor de Deus”.
Para Balhestero, a função de Saint Germain é intuir as pessoas, para que o mundo se transforme num lugar melhor, uma vez que as pessoas estão acabando com o planeta e nenhum ser iluminado pode gostar disso. “Ele chama muito a atenção para a consciência ecológica”, ela diz. “E agora o Mestre está superousado: ele quer a imortalidade e o rejuvenescimento. Ele acredita que, se as pessoas atingem a maestria da alma, o corpo não precisa ir embora, não precisa perecer. Eles gostariam que os seres humanos assumissem o ser crístico e pudessem viver em harmonia e paz”.
Fica evidente que Saint Germain, ou Devapi, deve ser considerado como muito mais do que um simples nome a ser utilizado para chamar a atenção das pessoas e formar grupos, a partir dos quais algumas pessoas podem assumir posições de poder. Como ocorre em tantos setores da vida espiritual, com tantas mensagens canalizadas, com tantos grupos, seitas, religiões, espíritos, seres de luz, ou seja lá qual a designação que se queira utilizar, o bom senso e a observação se tornam fundamentais. É preciso saber distinguir os que estão trabalhando pelo bem da humanidade daqueles que só procuram o favorecimento pessoal, material.
E talvez essa tarefa nem seja tão complicada assim: basta observar a vida dos políticos e fazer tudo ao contrário.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Suddha Dharma - Ou, como chegar aos segredos do homem




Texto baseado nos livros sagrados do Suddha Dharma Mandalam e compilados pelo Dasa Janak

O que é Suddha Dharma? Quem nunca ouviu falar de Mu, Lemúria, Atlântida ou Terra-Mãe? Dos Anciãos desses países, que se tornaram altamente desenvolvidos e formaram doze escolas para educar o povo? Quem nunca ouviu falar dos 7 ou 12 raios?
Essas escolas ensinavam ao povo os elementos básicos da vida, as ciências naturais e todas as formas de psicologia e desenvolvimento mental. Esses mesmos Mestres fundaram uma Décima Terceira Escola só para os anciãos e homens mais sábios, dotados de grandes capacidades e poderes mentais. Exigia-se dessas pessoas uma disposição inteiramente positiva, amorosa, altruísta e generosa, com um equilíbrio cármico positivo.
Como aconteceu a tantas outras civilizações e povos antigos, cataclismas e mudanças ocorreram com o tempo. As doze escolas foram dissolvidas, mas a Décima Terceira, com seus Mestres, percebeu que o mundo precisava de ajuda e se estabeleceu no Himalaia, tornando-se assim a ordem conhecida como Grande Irmandade Branca, GOM ou Governo Oculto do Mundo, a Fraternidade Branca do Himalaia, a Loja Branca, a Loja Oculta, a Maçonaria Oculta ou Secreta — hoje em dia chamada de Fraternidade Branca Universal. Ou, como é conhecida ocultamente, esta Augusta Assembléia de Hierarcas, pelos Mestres e Dasas (membros consagrados): Suddha Dharma Mandalam.
Esta milenar instituição, conhecida na literatura oriental com o nome de Suddha Dharma Mandalam, tem sob a sua custódia os tesouros da ciência sagrada e se manteve oculta do mundo durante mais de doze mil anos. Segundo seus preceitos, seus membros trabalham silenciosamente pelo bem estar e progresso de toda a humanidade.
É uma Hierarquia Espiritual que acompanha e comanda a evolução na Terra. Apenas no inicio deste século a Fraternidade Branca Universal se deu a conhecer publicamente, durante o ano de 1915. Percebendo os momentos críticos pelos quais passaria a humanidade e reconhecendo o necessário amadurecimento e interesse, seus líderes permitiram que os princípios básicos e sistema de treinamento da ordem fossem revelados, juntamente com a publicação de textos antigos reveladores, até então guardados nas grutas do Himalaia.
Um de seus discípulos assumiu esta tarefa, o Presidente da Alta Corte de Justiça de Madras, Chanceler da Universidade Madras, Índia, Swami Subrahmanyananda (Dr. Sir. Swami Subramanya Aiyar (K.C.L.E) LL.D.).
A ele coube a missão de tornar pública a existência, objetivos e constituição desta Fraternidade. O Swami publicou numerosos artigos nas revistas hindus, nos quais anunciou ao mundo que esta antiqüíssima e hermética escola estava abrindo as portas da iniciação, e o único requisito para pedi-la seria um sincero propósito de cooperar no trabalho da Grande Hierarquia Branca. Em seus escritos, Subrahmanyananda fez conhecer, além da constituição da Suddha Dharma Mandalam, as diversas categorias de iniciação que os Mestres outorgam a seus discípulos para ajudá-los no trabalho de aperfeiçoamento físico, mental e espiritual. Estas publicações foram traduzidas em diversos países, resultando na solicitação de ingresso na Instituição por parte de muitos aspirantes, que tiveram a felicidade de contatar a grandiosa Fraternidade Branca.

Análise Histórica
Sempre que vamos analisar a história seja de um povo, de um acontecimento ou Instituição, podemos fazê-lo de diferentes maneiras. Uma delas seria contar fatos marcantes ou personagens importantes. A Suddha Dharma Mandalam possui abundantes e diversificadas histórias, muitas delas fantásticas aos olhos dos menos afeitos a estudos esotéricos, pois relata a maneira como a Fraternidade Branca se manifesta através desta instituição e a utilização dos poderes dos Grandes Hierarcas em benefício da humanidade.
Podemos dividir a história da S.D.M. em quatro fases, não exatamente cronológicas, mas que caracterizam determinados aspectos da maneira como o trabalho foi e tem sido desenvolvido.
Estas quatro fases são:
1 – Suddha Dharma Mandalam como Grande Fraternidade Branca Universal
2 – Revelação e contato formal com a humanidade
3 – Período pós-revelação
4 – Período atual - Suddha Dharma Mandalam como Grande Fraternidade Branca.
A tradição de todas as religiões reconhece a existência, desde tempos imemoriais, de uma organização esotérica dedicada ao bem estar e emancipação espiritual dos seres sobre a face da Terra. Seus membros estão sempre dedicados a compartir, para cada raça e país, leis ou aspectos particulares da Eterna Religião (Sanátana Dharma), segundo requeiram a ocasião e circunstâncias. Esta Assembléia tem seu ‘quartel-general’ ao norte das florestas de Badari, no Himalaia, e é composta de muitos Mahatmas, Siddhas e grandes Rishis. Alguns membros da organização fazem sua aparição no mundo físico como os Irmãos Maiores, fundadores de religiões e Grandes Mestres.
Esta grande instituição é dirigida pelo senhor da evolução da Terra, conhecido como Sri Bhagavan Narayana, que se manifesta como Sri Yoga Devi, Naradeva, Kumara e Dakshinamurti, no desempenho de suas diversas funções. E, conforme a tradição de cada escola, ele é também reconhecido como Melquisedek, Sanat-Kumara, O Senhor do Mundo, Deus Planetário, etc.
Desta plêiade de mestres e seres iluminados, muitos vivem em corpos sutis atuando desde planos gloriosos. Outros ocupam corpos físicos, seja por curtos períodos — para desempenharem determinadas atividades sob as ordens de Bhagavan Narayana —, seja por centenas ou milhares de anos. Assim, aqui e ali se tem contato ou ouve-se falar de um grande ser, que se destaca por sua sabedoria e poderes espirituais, quase sempre cercado de um grupo de discípulos, que realiza seu trabalho de maneira muito discreta e que, quase sempre, não permanece no mesmo lugar mais do que alguns dias. Estes seres, apesar da discrição e reserva, ainda que fisicamente distantes uns dos outros, mantêm um elo espiritual, formando uma grande irmandade que trabalha de maneira harmônica e silenciosa.
Sob a custódia destes Mestres encontra-se um conjunto de textos sagrados, muitos deles totalmente desconhecidos pela humanidade, e outros sendo os originais de textos conhecidos e reverenciados. Estes iluminados são os responsáveis por conduzir discípulos em um rigoroso treinamento, visando o despertar da consciência átmica. O treinamento está baseado na mais pura tradição espiritual, ministrado nas antigas Escolas de Sabedoria pelos hierofantes e patriarcas. Entre seus discípulos estão pessoas que se dedicam inteiramente ao treinamento espiritual, afastadas da vida secular, enquanto outros continuam desempenhando suas atividades na sociedade, dedicando-se às práticas introspectivas e ao caminho da auto-realização. Estas duas funções — guarda dos textos sagrados e treinamento yóguico — são as principais atividades da Hierarquia no aspecto de instrução.
A maneira com que desempenham seu trabalho é, muitas vezes, misteriosa e incompreensível para a maioria de nós, pelo fato de que a perspectiva com que estes seres enxergam o mundo é muito mais ampla do que somos capazes de conceber. Isto pode ser observado, com muita evidência, conhecendo-se a história da fundação da Sociedade Teosófica por dois destes mestres, e da Suddha Dharma Mandalam. Em alguns momentos da história da humanidade esta instituição abre algumas de suas portas ao mundo, outorgando iniciações, conduzindo o treinamento de aspirantes e revelando textos sagrados. Isso ocorreu no início deste século, quando tais mestres perceberam que se avizinhava um momento de transição da evolução humana, e que haveria um maior estímulo interno e externo para a busca de auto-realização por um número maior de pessoas.

Como Ingressar no Suddha Dharma?
Há formas diferentes para se entrar na Fraternidade. O primeiro passo é pedir ingresso como discípulo, em preparação. Estes são consagrados e vão recebendo lições graduais que o capacitam para uma verdadeira iniciação espiritual. Essas iniciações podem ser dadas por um Mestre físico ou espiritual, que são os arcanjos. Em sânscrito, arcanjos são os Siddhas, ou Mestres de Poder. Enquanto não se recebe a iniciação espiritual, não se pode dizer que é realmente um membro aceito pela Hierarquia Divina da Fraternidade. A Hierarquia Branca se compõe de Grandes Seres, que vieram a este mundo terrestre de outros planetas, onde a humanidade é muitíssimo mais avançada que a nossa. A cabeça principal dessa Hierarquia é o Divino Senhor da Terra, Sri Bhagavan Narayana, o Deus Pai. Ele é acompanhado por um excelso espírito com qualidades femininas de amor, compaixão, doçura, paz e sabedoria, conhecido como a Mãe Divina – Sri Yoga Devi.
O Deus da Terra, dirige a evolução acompanhado de 32 Siddhas (arcanjos), 4 Kumaras (arcanjos iniciadores), 7 Senhores dos Sete Raios (os sete selos do Apocalipse) e os Sapta Riskis. Dentro do Suddha Dharma Mandalam há uma hierarquia que se chama Hamsa Yogui, cuja missão é explicar os mistérios dos livros místicos (livros misteriosos). Por isso a sociedade promove o estudo e o esclarecimento dos livros sagrados de todas as religiões: os Vedas, o Mahabarata, o Corão, a Bíblia, o Bhagavad Gita, etc.
Esta Hierarquia é que comanda a vinda de avataras à Terra. Há, por toda parte, uma expectativa em torno de um novo Avatar neste inicio de século. Nós sabemos que o atual já nasceu. Seu nome místico é Sri Bhaghavan Mitra Deva, que foi recebido e consagrado pelos Mestres do Himalaia.
Ele nasceu em 1919, na lua cheia de janeiro, e apesar da sua idade terrestre sempre se apresentará com a aparência de 16 anos. Esta notícia é o que há de mais importante a ser dito pelo Suddha Dharma Mandalam.
Existe, sob a custódia deste descenso, uma ordem interna específica da S.D.M., chamada Mitra Brinda — seres escolhidos para a manutenção do trabalho deste grande Ser.
Quando Sri Bhaghavan Mitra Deva tinha 1 ano e 9 meses, recebeu a primeira iniciação das mãos do Grande Deus da Terra. Então o menino fez seu primeiro grande discurso na presença dos Mestres. Nesse discurso, ele dividiu a Humanidade em três partes:
Primeiro chamou de homens bestas aqueles que vivem como animais, comem, procriam, agridem, roubam e matam para satisfazer seus instintos. Em segundo lugar estão os que chamou de humanos, aqueles que crêem em algo superior, trabalham pelo bem estar comum, desenvolvem certa fraternidade. E por fim, os grandes santos, a quem chamou de divinos, porque mediante sua pureza física e mental projetam o homem para o futuro. Por meio de práticas místicas, eles alcançaram o despertar do Deus superior (supraconsciência), o Espírito Santo, que vive no coração de cada ser humano. O supremo Deus é onipotente, mecânico e consciente do poder infinito. Sri Bhagavan Narayana é o nome de uma semente contida no Para-Brah-Man, a qual evolui através do ilimitado tempo passado até chegar a ser atualmente o Supremo Chefe da Evolução de todos os Seres de um planeta habitado.
Existem milhões de Narayanas, pois os governantes dos mundos são considerados como tal.
“Sou Narayana, o Senhor da vontade pura, e proclamo ao mundo Minha doutrina, que dá vida e luz a toda a criação” (Sanátana Dharma Dipika, pg. 168, verso 248/252).
O Avatara Rama, como também Krisna, Cristo, Mitra Deva e outros desses Excelsos Seres, são representantes do poder e vontade de Narayana, Senhor do Mundo. É por isso que quem venera a qualquer um deles, honra simultaneamente a Sri Bhagavan Narayana. Não posso deixar de mencionar que também existem os Avataras mulheres, dependentes da Divina Mãe Sri Yoga Devi. Elas são as mães virgens, que dão corpo a estes misericordiosos seres já referidos.

Revelação e Contato Formal
Pela primeira vez revelavam-se determinados detalhes da constituição e atividades desta Grande Fraternidade, como por exemplo, a sede central nas florestas de Badari, com suas cinco aldeias, seus moradores, o papel que corresponde a cada hierarca, etc. Os oficiais superiores permitiram também que determinados textos sagrados, guardados nas Grutas do Himalaia sob a vigilância destes Grandes Seres, chegassem às mãos do Pandit K.T. Srinivasacharyar — um grande erudito e outro importante personagem desta história — para serem revelados ao mundo. Alguns textos já eram popularmente conhecidos, como o Bhagavad Gita, porém apresentava-se o original desta obra, com características muito importantes para o estudante. Outros eram conhecidos apenas por alguns poucos yoguis e lançavam uma nova luz sobre diversos ensinamentos sagrados, apresentando uma cultura do homem integral. Anunciada a existência da S.D.M., muitos fervorosos aspirantes solicitaram sua inscrição e treinamento.



É curioso notar que, segundo Swami Subramanyananda, no momento no qual ele escrevia seu primeiro artigo que anunciava ao mundo a S.D.M., não havia na Índia mais do que dois mil membros da Instituição, o que nos parece significar que já havia um grande trabalho sendo realizado de maneira muito discreta, antes mesmo que o público tivesse acesso à Instituição. Na Índia, Ceilão, Inglaterra, América Central, Argentina, Chile, Espanha, Brasil, ou seja, com grande intensidade na América do Sul, várias pessoas tiveram acesso à iniciação, fazendo surgir um grande trabalho que se completava pela publicação dos textos mencionados acima e um grande esforço de conhecê-los e realizar seus elevados ensinamentos por parte dos discípulos.
Outros personagens tiveram grande importância no desenvolvimento do trabalho da S.D.M. nesta fase. Entre eles, podemos citar:
Sri Vasudeva Row: residindo em Madras, foi um grande colaborador, para o trabalho do Swami Subramanyananda e Pandit K. T. Srinivasacharyar e como elo de transição para a terceira fase, que será descrita em seguida;
Arulambalaswami: fundou um ashram no Ceilão, onde desempenhou um papel muito importante na disseminação e vivência da Doutrina Suddha. Recebeu elevadas iniciações dos Mestres;
Kam Das Yoguim: secretário do Ashram do Ceilão e elevado iniciado, foi também um importante elo de ligação com a terceira fase pelo contato estabelecido por ele com os Grandes Seres;
Brahma Yogui Dasa: um grande erudito, cujos conhecimentos foram expostos através da revista The Suddha Dharma, publicada posteriormente;
Vájera Yogui Dasa: professor Benjamin Guzmán Valenzuela, conhecido e premiado pintor chileno, um grande iniciado e líder do trabalho da Suddha Dharma Mandalam no Ocidente. Graças a ele, estes ensinamentos foram estabelecidos na América. Além disto, teve papel importante na ajuda pecuniária para a publicação dos Textos revelados pelos Mestres.
Não nos esqueçamos também de muitos outros seres, não mencionados aqui, que exerceram um importante e silencioso trabalho, ficando aqui nossa homenagem.

Período Pós-Revelação
Este período foi marcado pelas atividades de dois personagens, fundamentais para a consolidação mundial da S.D.M. como instituição. São eles: Sri Janárdana e Sri Vájera Yogui Dasa.
Entre 1929 e 1934, os membros da S.D.M. continuaram desenvolvendo seu trabalho na Índia, aguardando que os mestres definissem as atividades a serem executadas após a ausência do Swami Subramanyananda e Pandit Srinivasacharyar. Em 1934, assume as atividades da organização Sri T.M. Janárdana, em Madras. Podemos dizer que os aspectos básicos do trabalho dessa terceira fase, sob liderança de Sri Janárdana e Sri Vájera, foram a divulgação da doutrina através da revista The Suddha Dharma e a publicação de diversos livros, preparação para as iniciações e o estabelecimento da instituição.
Uma das atividades principais desenvolvidas nessa fase — já iniciada no período anterior — foi o estabelecimento de ashrams e grupos de estudo em diversas partes do mundo, principalmente na América.
Nunca seria demais, em qualquer história da S.D.M., destacar o trabalho realizado por Sri Vájera que, desde os primeiros momentos em que Swami Subramanyananda revelou externamente a existência da Hierarquia, reuniu um grupo de estudantes e dedicou-se integralmente a conhecer e divulgar os ensinamentos Suddhas. Recebeu diretamente dos Mestres da Hierarquia elevadas iniciações, obtendo grandes experiências espirituais; publicou vários textos Suddhas em castelhano, fundou e orientou ashrams e discípulos espalhados pela América e Europa por mais de 60 anos, tendo passado aos planos sutis em 12 de Setembro de 1984.

Período Atual
As sementes plantadas por Sri Vájera foram germinando em vários locais, sendo que, em inúmeras cidades do Brasil, Chile, Argentina, Espanha e outros países, os ashrams se estabeleciam e surgiam lideranças. No Brasil, em 1981, Sri Vájera e Sri T.V. Anatram (outro mestre iniciático), iniciaram alguns membros como Gnana Dhata, ou instrutores oficiais do Mandalam.

Os princípios fundamentais da S.D.M. em suas relações com os demais, são os seguintes:
1 – Ahimsa (não violência);
2 – Sathyavachana (veracidade);
3 – Loka Kainkaria (serviço desinteressado a todos os seres);
4 – Dhiana (meditação).
Os ensinamentos que os discípulos recebem estão de acordo com os postulados da Ciência Mística Experimental, estudada e devidamente classificada há milhares de anos pelos Mestres da Hierarquia Branca. Esta ciência divina é chamada no oriente de ‘Suddha-Raja-Yoga’, sendo ensinada aos estudantes de acordo com suas tendências e preparação. A prática de seus princípios nos levará, seguramente, ao mais alto grau de progresso, derramando em nosso coração a alegria dessa inefável Paz que compenetra o infinito.
O método Suddha se baseia em três grandes aforismos:
1 – Sarvam Tat Kalvidam Brahm – Tudo é verdadeiramente Brahm (Deus);
2 – Sarvam Brahma Swabhavayam – Tudo é de natureza de Brahm (Deus);
3 – Sarvam Avasyakam – Tudo é necessário.
Em todos os povos do mundo se encontram menções mais ou menos veladas sobre a existência da Divina Hierarquia. O nome Suddha Dharma Mandalam, se compõe de três elementos, que significa livre de impurezas; dharma, que denota aquilo que governa e protege os seres humanos; e mandalam, indicando organização ou sociedade. Portanto, Suddha Dharma Mandalam é o nome que corresponde a uma organização da máxima pureza, tão antiga como o tempo, que ensina um modo de vida de acordo com o Dharma que protege as almas dos seres humanos.
Antes de finalizar, parece conveniente repetir as palavras do próprio Narayana: “Eu sou o Rishi nascido de um Hamsa de Brahmam e radiante com sua luz. Desci de Vishinu a Badari Vana para o bem do mundo. Sempre que, Oh! Bhárata!, decai a retidão e sobrevém uma preponderância da injustiça, então Me manifesto como um Siddha, para ensinar o verdadeiro conhecimento do Sanátana Dharma”.
Para que esses misteriosos versículos possam ser compreendidos, é preciso ter um claro conhecimento da existência espiritual de Sri Bhagavan Narayana, representante do Para-Brah-Man. Já houve muitos Avataras e muitos outros ainda virão a Terra.
Ao Deus da Terra, nada nem ninguém pode impedir que, se já enviou Jesus, o Cristo e outros Avataras anteriores, continue enviando redentores tantas vezes quanto julgue necessárias para benefício e felicidade dos seres. Os sábios da Suddha Dharma revelaram a existência do Avatara encarnado em nossos tempos, Sri Bhagavan Mitra Deva, o qual, como um Amigo Divino, está inspirando a muitos homens e mulheres a ciência da Suddha Raja Yoga, a fim de que, mediante esta sabedoria Divina, os homens perversos se convertam em seres abnegados, os humanos em santos e os santos em divinos.
Concluindo, a Suddha Dharma Mandalam é uma milenar Fraternidade Iniciática do Himalaia, que há aproximadamente cem anos começou sua exteriorização para o Ocidente. Estando submetida diretamente à Hierarquia Planetária dos Mestres da Grande Fraternidade Branca, tem a Suddha Dharma Mandalam (Circulo da Lei Pura) o propósito de preparar homens e mulheres de elevados ideais para a consciência iniciática, que os conduzirá futuramente ao Discipulado da Grande Fraternidade Branca.
Glória ao Senhor do Mundo, Om Namo Narayanaya.
Esta obra é dedicada, com profunda reverência, aos grandes seres da Suddha Dharma Mandalam.
Subamastu Sarva Yaghatham. Que todos os seres sejam felizes.