quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Almas Gêmeas


Dedico esta matéria ao meu amado Inácio, que com certeza É minha "Alma Gêmea" !!!!

É muito natural que hoje em dia, as pessoas se interessem mais pelos temas que traduzem um certo mistério, um certo enigma, pois nossas percepções já se encontram mais refinadas, mais lapidadas e sendo assim, nossa alma busca entendimento e respostas para tudo aquilo que ainda insiste em ficar bem guardado, escondido no fundo do nosso coração.
Um assunto muito polêmico atualmente é o das “Almas Gêmeas”.

Temos rolando pela mídia conceitos, teorias, possibilidades, mas o que pretendo passar aqui, não é nenhum desses itens e sim simplesmente aclarar as idéias de nosso leitor de uma forma poética e honesta.
Primeiro tenho que deixar bem clara a definição de vida; Faço aqui um alinhamento entre o cristianismo e o espiritismo, enfim, a todo aquele que acredita em uma única vida e aquele que sabe da lei da rematerialização.
Meu pensamento neste instante, faz um alinhavo destas duas vertentes, concluindo que ambas estão corretas.
Vida é uma só, é eterna, perene, imaculada, não tem tempo, é consciência ativa e plena.
As rematerializações acontecem quando esta consciência ainda precisa de mais clareza e entendimento, tomando então a decisão de se manisfestar em matéria densa (física), para conquistar mais maturidade e alcançar mais a infinitude deste mesmo universo.

Ambos aspectos, manifesto (expresso na matéria) ou, imanifesto (sem expressão física) são a vida.
Esta vida é formada por uma teia de emoções, sentimentos, compromissos, missões, etc..., onde o coordenador absoluto de tudo isto é o AMOR.
Esta teia ( que é o tantra) sendo gerada, mantida e transcendida por esta energia vital, faz de nós seres originários de uma única essência, possibilitando assim nossos reencontros neste nosso plano sempre que nossa consciência ansiar por mais completude, maturação e discernimento. E assim, quando duas almas ou seja, duas consciências se encontram neste plano e ambas mantêm um ciclo contínuo de experimentações reconhecendo-se mutuamente e percebendo por meio de lembranças vivênciais de fatos (recordações como de uma infância longíngua e constante ao longo de um tempo que não se pode mensurar) se percebem como eternos companheiros de jornada, reconhecidas comumente como “almas gêmeas”.

Esta teia que é o próprio amor, os nutre continuamente transformando ambos em unidades integrais, absolutas, que só se mesclam e se tornam “UM” no aspecto mais sútil desta mesma eternidade.
Temos que definitivamente acabar com esta idéia de “metade da laranja”, pois somos “inteiros” e não metade de alguém...isto nos torna dependentes desse alguém! E nenhum amor sobrevive na dependência do outro! Pelo contrário, sufoca....




Essas almas, sentem em todas as suas manifestações físicas as emoções do amor que as une,
Sentem que ao longo da vida permanente há o crescimento deste júbilo eterno.
Mesmo separados, independente de tempo e lugar, vivenciam em igualdade a expansão dessas experiências,
Vivenciam expectativas e esperanças pelo reencontro desejado,
Sabem, que sempre que a lei (dharma) os favorecer, estarão juntos, mas também sabem que sempre que suas mentes os trair, estarão afastados pelo não reconhecimento,
São tão sensíveis, que aprendem a desenvolver mais os sentidos, possibilitando-os de se sentirem, mesmo longe um do outro,
Quando separados, aprendem a se calar e abafar em seus peitos o amor transbordante de saudade, vida, paixão e desejo,
Sempre unidos na alma, aprendem a vivenciar um ao outro, mesmo quando este amor os leva para lugares distantes,
Sempre buscando um ao outro, ficam sempre se procurando em todos os lugares, mesmo nos mais insípidos da vida,
Se buscam em todos os olhares, em todas as emoções...
Se buscam em todas as explosões que alguém possa causar neles, ou eles em alguém...
Se buscam em cada música, em cada situação, em cada sorriso e em todas as lágrimas,
Nos mais profundos abismos, nos mais elevados êxtases...se procuram, se procuram...
Estão sempre nutridos da certeza de suas vidas vindo em suas direções, para se terem e serem felizes...
Mas, enquanto rematerializados,
Oh! Lindos amados,
Como o tempo se torna cruel!!!!!
Aprendem a si sentirem e a serem um no outro em espírito, e abandonam o desejo que seus corpos sentem um pelo outro...
Aprendem a não mais precisarem a si tocar, a não mais precisarem sentir suas peles...
Seus lábios úmidos, acostumam a não serem mais beijados...
Suas bocas se acostumam, a não mais sentirem o nectar de suas essências...
Os olhos distantes , aprendem a não mais sentir seus olhares preenchidos de paixão...
Com o tempo se passando, aprendem a não mais si quererem mutuamente,
Abafam em seus corpos, o fogo inebriante do amor...
Aprendem a esquecer de suas ondas de imenso prazer,
Aprendem a esquecer principalmente o prazer do amor físico, e se calam neste amor, nesta paixão desvairada, e sem limites se perdem na vastidão do Universo...
Sublimam um ao outro, até D´EUS..., e praguejam um ao outro até aos infernos de suas almas, na incontida vontade e nescessidade infinita de se pertencerem...
Clamam aos céus , seus nomes!!!!!!
Expurgam de si mesmos, aos infernos de dor e sofrimento que causaram um ao outro na incontida esperança de se verêm, nem que seja só por um instante....
Neste lapso de “Vida”, neste mar profundo de glória, de lágrimas contidas, de gozo reprimido, de vontade eterna de explodir,
Com a força do Amor Maior,
Conseguem superar suas ausências e condicionam seus corações,
Guardando num pedacinho dele, seu amor e sua vida,




Escondem dentro dele, um ao outro,
Seus olhares,
Seus toques,
Seus cheiros,
Suas emoções,
Seus gostos,
Seus prazeres e Suas eternidades...
Longe e distante, aprendem a si terem em seus peitos, protegidos do mundo,
Escondidos de todos,
Sendo sempre um do outro,
São amores,
São amados,
São amantes...
Mas, este mesmo tempo que foi cruel em um instante, sabe ser fiel á esse amor puro, forte e constante...
Reaproximando-os novamente, neste instante mágico e perene,
Vivenciam tudo o que ficou guardado no coração do amor...
Enlouquecidos de desejos,
Insandecidos de paixão,
E assim se reencontrando, descobrem as mesmas marcas que um dia um deixou no outro...
Si veêm, Si sentem, si teêm,
O mesmo tudo...
Seus gostos são a embriaguês da paixão,
Seus cheiros, faz com que se encontrem no labirinto de cada ser,
Seus toques os liberta do amor aprisionado,
Seus corações juntos, tocam a melodia sublime dos anjos,
Suas emoções mescladas traduzem em conforto suas expectativas,
Suas mãos juntas estabelecem o reencontro para darem a continuidade de suas vidas...
Seus lábios unidos, selam a eternidade de ambos...
A troca de seus olhares aquieta suas angústias vividas no tempo, trazendo a eles “paz”,
Suas trocas de “energia vital” os fazem plenos de vida e de realizações,
Suas almas se extasiam desse amor apaixonado...
Seus espíritos se unificam, se reconhecem, se misturam e então, a vida se apazigua,
Se unificando na existência permanente na expressão Imanente do Universo Infinito........Eles se tornam novamente homem e mulher,
Eles se tornam novamente amados,
Eles se tornam novamente amantes,
E se são, sem dúvida, a prova do amor constante....,
Se amam no olhar,
Se amam em seus sorrisos,
Se amam em seus cheiros,
Se aninham em seus peitos e se confortam...
Se amam nas palavras, porque elas traduzem a poesia do amor apaixonado que sentem um pelo outro,
Se amam em seus corpos, com carinho, emoção e paixão,
Concluem este sentimento em um gozo tão forte e feroz, trazendo á tona o animal que habita em cada um no exato momento do êxtase maior, que sublima seus aspectos humanos, libertando-os da saudade e dos sofrimentos que o tempo os impôs...
Amores de várias existências...
Amor de uma única vida...
Amantes eternamente!.......
E assim, sempre vai se fechando ciclos de aprendizagens, um a um, onde ambos nutridos pela permanência do amor absoluto, espargem pelo infinito a esperança e a certeza da continuidade de vida. Vida de amor, consciência e maturidade, cuja morada sempre será reconhecida por nossos sentimentos no eterno fluxo de nossas emoções, trazendo á nós a constante realidade de “felicidade”.

Margareth Gonçalves (Devidasika)
Dharmameva Jayathe,

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