segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

SOL = SAÚDE !!!!!!!



Por: Andrea Soares


É preciso, sim, tomar sol! Pode parecer estranha essa afirmação em tempos de buraco na camada de ozônio e campanhas para se proteger do sol como forma de prevenção ao câncer de pele. Mas a verdade é que há indícios em todo o mundo de que as pessoas já apresentam déficits de vitamina D por falta de exposição solar. O alerta foi disparado por pesquisadores finlandeses no American Journal of Epidemiology: baixos índices de vitamina D estariam associados a maior incidência de derrame e outras doenças cardiovasculares em 5 mil voluntários, monitorados por 27 anos naquele país.

Mesmo no clima tropical do Brasil (aparentemente com menos risco para o problema do que a Finlândia) a discussão é pertinente: um estudo realizado com 603 funcionários do Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo) mostrou deficiências da vitamina tanto no fim do inverno quanto no término do verão. A falta de vitamina D está associada a vários problemas no organismo: déficit na fixação do cálcio nos ossos, hipertensão, diabetes, infecções e até aparecimento de alguns tipos de câncer. Uma das explicações mais aceitáveis para o aparecimento dessa deficiência de vitamina D nas populações é a pouca exposição ao sol – já que as pessoas passam boa parte do tempo em escritórios ou fechadas em apartamentos – e o baixo consumo de alimentos com boa oferta dessa substância. A recomendação internacional para o nutriente é de 10 a 15 microgramas por dia, mas o brasileiro consome cinco vezes menos do que isso, de acordo com Marcelo de Medeiros Pinheiro, reumatologista da Unifesp.

A boa notícia é que dá para consertar o problema de forma relativamente simples: ingestão de alimentos como peixes oleosos e defumados, salmão e truta (bem leves e saudáveis) e sete minutos diários de exposição solar (salve os trópicos!). O sol é muito, muito importante nesse caso, pois a vitamina D, diferente das demais vitaminas, tem como forma biologicamente ativa um hormônio que se forma quando os raios solares atingem a pele.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Meditação e Saúde, Segundo o Hinduísmo Natha

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Meditação e Saúde, Segundo o Hinduísmo Natha






Trata-se de um modo de meditar fundamentado na construção do espaço mítico que dá uma forte estruturação à mente e, por conseqüência, restaura um padrão mais elevado de saúde corporal. Essa prática facilita um melhor aproveitamento de tratamentos naturais aos quais o praticante esteja sendo submetido, e propicia um bem estar duradouro.

A seita dos Nathas, surgida no norte da Índia por volta do século VII, se notabilizou por sua capacidade de integração às diversas culturas que prosperaram naquela parte do mundo. Durante o domínio islâmico, ela foi a única seita hindu respeitada pelos líderes desse novo credo, o que fez dela a responsável, e certa medida, pela sobrevivência das mais antigas tradições hindus, diante da intolerância dos invasores.

A razão para ela não ter sido perseguida, mesmo durante os momentos mais duros da conquista islâmica, ainda não foi bem elucidada pelos poucos pesquisadores que se dedicaram aos nathas. É quase certo, no entanto, que sua devoção ao estudo e aos trabalhos intelectuais causaram forte impressão na realeza da Índia, tanto entre príncipes hindus quanto entre aqueles que seguiam outras culturas presentes no território. Alguns nobres chegaram mesmo a se converter à seita, abandonando uma vida de riqueza e poder pelo voto de pobreza e pela prática de yoga.

Os nathas trabalhavam rigorosamente de conformidade com a tradição védica, embora fossem membros de uma seita tântrica construída em torno da figura do deus Shiva (que não existia nos tempos védicos). Uma de suas principais preocupações era a busca da saúde perfeita e da imortalidade do corpo. Para alcançar esse fim, serviam-se de todos os recursos culturais disponíveis, entre os quais se destaca a Vastu Vidya – a ciência que serve para construir espaços e objetos.

Com base em suas crenças que estão entre as mais típicas do Hinduísmo, e partindo dos princípios doutrinários do yoga, os nathas elaboraram um método para assegurar a preservação de sua força vital, herdada dos ancestrais, e o fortalecimento da saúde, até o limite em que se poderia até mesmo alcançar a imortalidade. Esse método de meditação será o foco do nosso workshop, e seus benefícios poderão ser facilmente percebidos pelos participantes.

Data:
Dia 27 de março de 2010 das 14hs até 17hs.

Investimento:
R$ 60,00 (Vagas Limitadas – Ligue e garanta já a sua)

Professor:
CARLOS EDUARDO GONZALES BARBOSA
Mineiro de Juiz de Fora, dedica-se ao estudo das Culturas da Índia desde 1972. Cursou Sânscrito na Universidade de São Paulo. Dá aulas de língua sânscrita e de Culturas da Índia para professores de Yoga desde 1982, no Centro de Estudos de Yoga Narayana, em São Paulo e faz parte do corpo docente do Instituto Naradeva Shala.
Ministra cursos e palestras sobre temas relacionados à Índia, ao Hinduísmo e ao Yoga. Em 2007 coordenou a edição do número especial sobre Hinduísmo da revista "História Viva" e foi co-autor do "O Livro de Ouro do Yoga" lançado em 2007 pela Ediouro.
No momento dedica-se à difusão do Sânscrito como língua para conversação (laukika samskritam) e à tradução de textos da tradição Natha. É coordenador do Portal Yoga Forum, de INFORMAÇÕES SOBRE YOGA E CULTURA SÂNSCRITA - www.yogaforum.org

Local de Realização:
Instituto de Cultura Hindu Naradeva Shala
Rua Coriolano, 169/171 – Bairro Pompéia – São Paulo/SP
Tel: (11) 3862-7321
E-mail: atendimento@naradeva.com.br
Web Site: www.naradeva.com.br

Curso de "Yoga Brahma Vidya" do Mandalam do Suddha Dharma, Ashram "Sarva Mangalam".

Data de início de uma nova turma !!!!!! Não percam !!!!!
(Totalmente revisado e ampliado)




Este curso tem como objetivo o nosso reconhecimento interior, para que possamos alcançar a meta da auto realização. Através de estudos desta milenar Escola e também de Dikshas que nos são ofertadas através Dela.

É um estudo feito através dos ensinamentos do “Sanatana Dharma”, utilizando a metodologia do “Suddha Raja Yoga” parcialmente pincelado por ensinamentos do “Mátrika Yoga”.

Para que possamos dar continuidade a estudos mais avançados deste Mandalam, é necessário que TODOS após sua Consagração façam este aprendizado que nos é primordial.

Formato do curso: Dividido em 10 módulos, que acontecem de 3 em 3 meses, sempre aos Sábados.
Horário: Das 09:00hs até as 18:00hs, as vezes é necessário a manhã do Domingo tbm.

Quem pode fazer: Todos os Dasas já consagrados no Mandalam; Todos os Dasas que já fizeram este curso quando era chamado de “Suddha Raja Yoga”; Todos ainda NÃO Consagrados, que demonstrem interesse em adentrar para esta Escola, assumindo o compromisso de serem Iniciados na mesma durante o decorrer deste estudo.

Investimento: R$ 100,00 cada módulo e
R$ 50,00 cada módulo para os Dasas que já fizeram este curso em outro formato

Curso totalmente apostilado !!!!!

Data de início da nova turma : 13 de Março de 2010

Local: Ashram “Sarva Mangalam” do SDM, rua: Coriolano 169 Pompéia, tel: 3862 7321

Certificado: Em um ritual específico para a ocasião, receberão um Diploma de Conclusão e seu nome Iniciático neste Mandalam que lhe dirá o caminho a ser buscado por você e tudo será concluído com uma Diksha de Discernimento desta Arte e Ciência.

Facilitadora: Margareth Gonçalves (Devi Dasika), que é Gnana Dhata deste Mandalam

Obs: É necessário que confirmem suas presenças


Margareth Gonçalves (Devi Dasika)
Shantirasthu,
Dharmameva Jayathe,

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

SAUDADE.....simplesmente...

Sempre, sempre que seu coração pedir, enalteça-o com SAUDADE !!!!!











quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Quanto mais se sabe, maior chance de sobrevivência...




Beba água com estômago vazio.

Hoje é muito popular, no Japão, beber água imediatamente ao acordar. Além disso, a evidência científica tem demonstrado estes valores. Abaixo divulgamos uma descrição da utilização da água para os nossos leitores.
Para doenças antigas e modernas, este tratamento com água tem sido muito bem sucedido....
Para a sociedade médica japonesa, uma cura de até 100% para as seguintes doenças:
Dores de cabeça, dores no corpo, problemas cardíacos, artrite, taquicardia, epilepsia, excesso de gordura, bronquite, asma, tuberculose, meningite, problemas do aparelho urinário e doenças renais, vômitos, gastrite, diarreia, diabetes, hemorroidas, todas as doenças oculares, obstipação, útero, câncer e distúrbios menstruais, doenças de ouvido, nariz e garganta.
Método de tratamento:
1. De manhã e antes de escovar os dentes, beber 2 copos de água.
2. Escovar os dentes, mas não comer ou beber nada durante 15 minutos.
3. Após 15 minutos, você pode comer e beber normalmente....
4. Depois do lanche, almoço e jantar não se deve comer ou beber nada durante 2 horas..
5. Pessoas idosas ou doentes que não podem beber 2 copos de água, no início podem começar por tomar um copo de água e aumentar gradualmente.
6. O método de tratamento cura os doentes e permite aos outros desfrutar de uma vida mais saudável.


A lista que se segue apresenta o número de dias de tratamento que requer a cura das principais doenças:
1. Pressão Alta - 30 dias
2. Gastrite - 10 dias
3. Diabetes - 30 dias
4. Obstipação - 10 dias
5. Câncer - 180 dias
6. Tuberculose - 90 dias
7. Os doentes com artrite devem continuar o tratamento por apenas 3 dias na primeira semana e, desde a segunda semana, diariamente.


Este método de tratamento não tem efeitos secundários. No entanto, no início do tratamento terá de urinar frequentemente.
É melhor continuarmos o tratamento mesmo depois da cura, porque este procedimento funciona como uma rotina nas nossas vidas. Beber água é saudável e dá energia.
Isto faz sentido: o chinês e o japonês bebem líquido quente com as refeições, e não água fria.
Talvez tenha chegado o momento de mudar seus hábitos de água fria para água quente, enquanto se come. Nada a perder, tudo a ganhar!


Para quem gosta de beber água fria.


Beber um copo de água fria ou uma bebida fria após a refeição solidifica o alimento gorduroso que você acabou de comer. Isso retarda a digestão.
Uma vez que essa 'mistura' reage com o ácido digestivo, ela reparte-se e é absorvida mais rapidamente do que o alimento sólido para o trato gastrointestinal. Isto retarda a digestão, fazendo acumular gordura em nosso organismo e danifica o intestino.
É melhor tomar água morna, ou se tiver dificuldade, pelo menos água natural.....


Nota muito grave - perigoso para o coração:


As mulheres devem saber que nem todos os sintomas de ataques cardíacos vão ser uma dor no braço esquerdo.
Esteja atento para uma intensa dor na linha da mandíbula. Você pode nunca ter primeiro uma dor no peito durante um ataque cardíaco.
Náuseas e suores intensos são sintomas muito comuns.
60% das pessoas têm ataques cardíacos enquanto dormem e não conseguem despertar. Uma dor no maxilar pode despertar de um sono profundo...
Sejamos cuidadosos e vigilantes.
Quanto mais se sabe, maior chance de sobrevivência...

Descubra os sinais para reconhecer sua alma gêmea

Por: Monica Buonfiglio



O amor é o objetivo mais importante em diferentes grupos etários e sociedades. A presença dele é o fator essencial para avaliar se as pessoas que se julgam apaixonadas devem casar ou não. Platão e outros filósofos gregos levavam tão a sério o tema que consideravam o amor como um deus: "De todos os deuses, o amor é o mais augusto, o mais capaz de tornar o homem virtuoso e feliz durante a vida. Eros deve ser elogiado e louvado como um deus merece".

Alguns se dizem cansados das armadilhas que ocorrem nos relacionamentos e perguntam se existe realmente o amor. Claro que sim, faz parte da natureza humana, independentemente da nossa opinião. Também não está vinculado aos modismos da sociedade ou tampouco é fruto de um artefato construído pelos homens.

Muitos não aprenderam na infância a valorizar o que é sagrado. Assim, nada merece ser reverenciado e honrado e, ao crescer, tudo fica reduzido à conquista, onde se almeja apenas a posse física através do sexo.

Os seres humanos encaram o sexo como forma de conquista, especialmente nesta época do ano, o que impede um vínculo de uma intimidade mais profunda. Por isso, fica no ar aquela sensação de traição a todo instante, de modo imaginário, e em muitos casos, real.

O relacionamento de almas gêmeas não enfatiza apenas a sexualidade, mas a coloca em um segundo momento, pois o sexo também é muito importante.

Enquanto existir essa tendência de sexualizar os relacionamentos, o amor ficará superficial. O correto seria espiritualizar a relação para que a essência seja inesgotável, pois ele desperta o que existe de melhor em nós.

Quais são os componentes para saber se estou namorando minha alma gêmea?

1) Afinidade: consiste em diálogo, intercâmbio de ideias, dúvidas expostas e discutidas, semelhança no modo de pensar, segredos e angústias mutuamente compartilhados.

2) Confiança: quando ambos cumprem o que prometem, não mentem e são os mesmos fora da relação. É uma virtude que deve ser respeitada.

3) Conhecimento: o casal diz aos amigos "tenho certeza que conheço com quem convivo".

4) Humildade (inclui generosidade e paz): usam o tempo - que é tão precioso ¿ para ouvir o que o outro tem a dizer. Pacificar uma relação amorosa diante de um conflito é um ato sublime; isto é ter humildade, o grande trunfo para manter em paz a união.

5) Sabedoria: a protetora do amor. É a indicadora do bom senso, da prudência e da arte de viver bem. Capaz de assegurar a felicidade e, por isso, é chamada de "fonte da vida".

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Oficialmente Velho

obs: Achei impressionante este texto, leiam com muito carinho e atenção !!!!! (Devi Dasika)

Por: Leonardo Boff



Neste mês de dezembro completo 70 anos. Pelas condições brasileiras, me torno oficialmente velho. Isso não significa que estou próximo da morte, porque esta pode ocorrer já no primeiro momento da vida.
Mas é uma outra etapa da vida, a derradeira.
Esta possui uma dimensão biológica, pois irrefreavelmente o capital vital se esgota, nos debilitamos, perdemos o vigor dos sentidos e nos despedimos lentamente de todas as coisas.

De fato, ficamos mais esquecidos, quem sabe, impacientes e sensíveis a gestos de bondade que nos levam facilmente às lágrimas.
Mas há um outro lado, mais instigante.
A velhice é a última etapa do crescimento humano.

Nós nascemos inteiros. Mas nunca estamos prontos. Temos que completar nosso nascimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e ao moldar o nosso destino. Estamos sempre em gênese.

Começamos a nascer, vamos nascendo em prestações ao longo da vida até acabar de nascer. Então entramos no silêncio. E morremos.

A velhice é a última chance que a vida nos oferece para acabar de crescer, madurar e finalmente terminar de nascer. Neste contexto, é iluminadora a palavra de São Paulo: ”na medida em que definha o homem exterior, nesta mesma medida rejuvenesce o homem interior”(2Cor 4,16).
A velhice é uma exigência do homem interior.
Que é o homem interior? É o nosso eu profundo, o nosso modo singular de ser e de agir, a nossa marca registrada, a nossa identidade mais radical. Esta identidade devemos encará-la face a face.

Ela é pessoalíssima e se esconde atrás de muitas máscaras que a vida nos impõe. Pois a vida é um teatro no qual desempenhamos muitos papéis.
Eu, por exemplo, fui franciscano, padre, agora leigo, teólogo, filósofo, professor, conferencista, escritor, editor, redator de algumas revistas, inquirido pelas autoridades doutrinais do Vaticano, submetido ao “silêncio obsequioso” e outros papéis mais.
Mas há um momento em que tudo isso é relativizado e vira pura palha.

Então deixamos o palco, tiramos as máscaras e nos perguntamos: Afinal, quem sou eu?
Que sonhos me movem?
Que anjos que habitam?
Que demônios me atormentam?
Qual é o meu lugar no desígnio do Mistério?
Na medida em que tentamos, com temor e tremor, responder a estas indagações vem à lume o homem interior.
A resposta nunca é conclusiva; perde-se para dentro do Inefável.

Este é o desafio para a etapa da velhice.
Então nos damos conta de que precisaríamos muitos anos de velhice para encontrar a palavra essencial que nos defina.
Surpresos, descobrimos que não vivemos porque simplesmente não morremos, mas vivemos para pensar, meditar, rasgar novos horizontes e criar sentidos de vida.

Especialmente para tentar fazer uma síntese final, integrando as sombras, realimentando os sonhos que nos sustentaram por toda uma vida, reconciliando-nos com os fracassos e buscando sabedoria.
É ilusão pensar que esta vem com a velhice.
Ela vem do espírito com o qual vivenciamos a velhice como a etapa final do crescimento e de nosso verdadeiro Natal.

Por fim, importa preparar o grande Encontro.
A vida não é estruturada para terminar na morte mas para se transfigurar através da morte. Morremos para viver mais e melhor, para mergulhar na eternidade e encontrar a Última Realidade, feita de amor e de misericórdia.
Ai saberemos finalmente quem somos e qual é o nosso verdadeiro nome.

Nutro o mesmo sentimento que o sábio do Antigo Testamento: ”contemplo os dias passados e tenho os olhos voltados para a eternidade”.

Por fim, alimento dois sonhos, sonhos de um jovem ancião: o primeiro é escrever um livro só para Deus, se possível com o próprio sangue; e o segundo, impossível, mas bem expresso por Herzer, menina de rua e poetisa:”eu só queria nascer de novo, para me ensinar a viver”.

Mas como isso é irrealizável, só me resta aprender na escola de Deus. Parafraseando Camões, completo: mais vivera se não fora, para tão longo ideal, tão curta a vida.


Quem é Leonardo Boff:
(Teólogo brasileiro)
14/12/1938, Concórdia (SC)
Neto de italianos que migraram para o sul do Brasil no final do século 19, Leonardo Boff, garoto ainda, com 11 anos, partiu de sua cidade natal, Concórdia, com destino ao seminário de Luzerna, no Vale do Rio do Peixe (SC), certo de que o seu futuro era o da fé. Fez estudos avançados em universidades de prestígio, como Wurzburg, Lovaina e Oxford, doutorando-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique, Alemanha, em 1970. Ficou conhecido pelos seus trabalhos sobre a Teologia da Libertação

A Vida é bela para quem a faz bela”

QUASE !!!!!!!

Por: Sarah Westphal



Ainda pior que a convicção do não,
e a incerteza do talvez,
É a desilusão de um Quase!

É o Quase que me incomoda,
que me entristece,
que me mata
trazendo tudo o que poderia
ter sido e não foi.

Quem quase ganhou
Ainda joga!

Quem quase passou
Ainda estuda!

Quem quase amou
Não amou!



Basta pensar nas oportunidades
que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perderam por medo,
nas idéias que nunca saíram do papel,
por essa maldita mania
de viver no Outono.

Pergunto-me, às vezes,
o que nos leva a escolher
uma vida morna

A resposta eu sei de cor, está estampada
Na distância e na frieza dos sorrisos
Na frouxidão dos abraços,
Na indiferença de um bom dia quase que sussurrado

Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima!
O amor enlouquece!
O desejo trai!




Talvez esses fossem
bons motivos para decidir
entre a alegria e a dor.

Mas não são.


Se a virtude estivesse mesmo
no meio-termo...

O mar não teria ondas!
Os dias seriam nublados!
O arco-íris em tons de cinza!

O nada não ilumina...
Não inspira!
Não aflige!
Não acalma...

apenas amplia o vazio
que cada um traz dentro de si.


Preferir a derrota prévia
à dúvida da vitória
é desperdiçar
a oportunidade de merecer

Para os erros
Perdão!

Para os fracassos
Chance!



Para os amores impossíveis
Tempo!

De nada adianta
cercar um coração vazio
ou economizar alma.

Um romance cujo fim
é instantâneo ou indolor,
não é romance.


Não deixe

que a saudade sufoque,
que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino
e acredite em ti.


Gaste mais horas

Realizando
que sonhando...

Fazendo
que planejando...

Vivendo
que esperando...

Porque,
embora quem quase morreu
esteja vivo,

quem quase vive,
já morreu...

Maha Shivaratri: o dia de homenagear o D'eus Shiva

Nesta noite do dia 12 de fevereiro, no calendário Hindu, celebra-se a Maha Shivaratri, ou Grande Noite de Shiva. É o grande dia em que se celebra a existência divina do D'eus Shiva, um dos três Deuses da Trindade Divina Hindu, junto com Vishnu e Brahma.



Existem infinitas lendas que falam sobre essa celebração, mas a mais aceita é a que afirma que é nesse dia que Shiva casa-se com Parvati, sua consorte, e dança criando o Universo. A mitologia diz que o universo cria-se com a dança de Shiva, por isso a imagem mais famosa de Shiva é a manifestação de Shiva Nataraja, ou seja, ele dançando e criando o Universo. Quando ele pára para descansar por alguns momentos, o universo desintegra-se, reiniciando-se assim que Shiva volta a dançar. Neste dia portanto, é um dos dias mais importantes para a religião hindu. Para muitas regiões, onde Shiva é a divindade mais adorada, este é o dia mais importante. Os templos dedicados a expressão desse D'eus ficam lotados nessa noite, quando as pessoas vão assistir ao sacerdote fazer as cerimônias no Lingan Sagrado, a representação de Shiva em seus templos. Nos templos dedicados a Shiva não há uma estátua Dele, mas um Lingan, que simboliza um falo, ou a grande fertilidade da vida, criação do universo. O principal mantra a ser cantado neste dia é "OM Namah Shivaya" (ॐ नमः शिवाय), que evoca a força de Shiva.
Você pode invocar o poder de Shiva visualizando sua imagem acima e repetindo algumas vezes seu mantra: OM NAMAH SHIVAYA. Shiva deve ser invocado principalmente em questões ligadas à fertilidade e gravidez, e também em situações que se necessita de uma grande transformação na própria vida.



Shiva é considerado um Deus da fertilidade. Assim, a união de Shiva com sua Shakti(energia feminina) Parvati, é representada pelo Lingan (o falo) junto com a Yoni (o útero), o que representa a abolição da dualidade.

Ele nos traz o ensinamento sobre o controle dos nossos impulsos espirituais, mentais, emocionais e físicos. Shiva é representado frequentemente como tendo cinco faces, o que lhe confere a consciência dentro dos quatro planos da matéria e do plano do éter superior.

Com quatro braços, representando sua tremenda capacidade de atuar nos quatro planos da matéria e transformar o mundo.



Seu terceiro olho (no centro da testa) está no formato oval e na posição vertical. Três olhos conhecidos como o olho do presente, do passado e do futuro. Eles mostram a Sua capacidade de tudo ver, “o Poder do Olho de D'eus que tudo vê”, tanto no céu como na Terra.

Shiva sempre aparece coberto por uma pele de tigre ou com uma pele de elefante com a face branca como a neve e cabelos opacos. Ele se parece como um yogui. A pele do tigre simboliza o domínio sobre a própria inquietação e dispersão; a pele do elefante simboliza o domínio sobre seu orgulho e agressividade.


Mantra - Máha mrtyuñjaya mantra


om tryambakam yajamahe sugandhim pushtivardhanam
urvarukamiva bandhananmrtyormukshiya ma’mrtat

Om
Tryambakam Yajaamahe
Sugandhim pushtivardanam
Urvaaru kamiva bandhanaat
Mrtyor mukshiya maamrtaat

Peço ao Senhor Shiva, o que tem 3 olhos,
Aquele que é o Senhor de todos os sentidos e qualidades que é o que sustenta todo o crescimento.


Que ele nos liberte do ciclo de renascimento e morte
____

tryambhakam – aquele que tem três olhos (Shiva ); yajámahe – oferecer reverência; sugandhim – perfumado; pushtivardhanam – aquele que garante a prosperidade; urvárukam – melão de água; iva – como; bandhanat – da escravidão, das amarras; mrtyoh – da morte; mukshíya – libertar; má – não; amrtat – da imortalidade.

Om. Ofereço reverência ao perfumado que tem três olhos (Shiva), que garante a prosperidade. Possa ele nos libertar da escravidão da morte da mesma forma que a fruta madura se liberta sem esforço e não nos deixa afastar da imortalidade –

Tradução de acordo com a tradição de ensino de Swami Dayananda



Venha participar conosco deste grande festival !!!!!!
Sexta-feira próxima, ás 20hs, no Ashram "Sarva Mangalam" do SDM.
Local: rua Coriolano 169, Pompéia, próximo ao Sesc Pompéia, tel: 3862 7321

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu te compreendo



Sim, eu te compreendo

Eu sei das tuas tensões, dos teus vazios e da tua inquietude. Eu sei da luta que tens travado à procura de Paz. Sei também das tuas dificuldades para alcançá-la. Sei das tuas quedas, dos teus propósitos não cumpridos, das tuas vacilações e dos teus desânimos.
Eu te compreendo... Imagino o quanto tens tentado para resolver as tuas preocupações profissionais, familiares, afetivas, financeiras e sociais. Imagino que o mundo, de vez em quando, parece-te um grande peso que te sentes obrigado a carregar. E tantas vezes, sem medir esforços.

Eu conheço as tuas dúvidas, as dúvidas da natureza humana. Percebo como te sentes pequeno quando teus sonhos acalentados vão por terra, quando tuas expectativas não são correspondidas. E essas inseguranças com o amanhã? E aquela inquietação atroz em não saberes se amanhã as pessoas que hoje te rodeiam ainda estarão contigo? De não saberes se reconhecerão o teu trabalho, se reconhecerão o teu esforço. E, por tudo isto, sofres, e te sentes como um barco sozinho num mar imenso e agitado.

E não ignoro que, muitas vezes, sentes uma profunda carência de amor. Quantas vezes pensaste em resolver definitivamente os teus conflitos no trabalho ou em casa. E nem sempre encontraste a receptividade esperada ou não tiveste força para encaminhar a tua proposta. Eu sei o quanto te dói os teus limites humanos e o quanto às vezes te parece difícil uma harmonia íntima. E não poucas vezes, a descrença toma conta do teu coração.



Eu te compreendo... Compreendo até tuas mágoas, a tristeza pelo que te fizeram, a tristeza pela incompreensão que te dispensaram, pelas ingratidões, pelas ofensas, pelas palavras rudes que recebeste. Compreendo até as tuas saudades e lembranças. Saudade daqueles que se afastaram de ti, saudade dos teus tempos felizes, saudade daquilo que não volta nunca mais... E os teus medos? Medo de perderes o que possuis, medo de não seres bom para aqueles que te cercam, medo de não agradares devidamente às pessoas, medo de não dares conta, medo de que descubram o teu íntimo, medo de que alguém descubra as tuas verdades e as tuas mentiras, medo de não conseguires realizar o que planejaste, medo de expressares os teus sentimentos, medo de que te interpretem mal.

Eu compreendo esses e todos os outros medos que tens dentro de ti. Sou capaz de entender também os teus remorsos, as faltas que cometeste, o sentimento de culpa pelos pequenos ou grandes erros que praticaste na tua vida. E sei que, por causa de tudo isso, às vezes te encontras num profundo sentimento de solidão. É quando as coisas perdem a cor, perdem o gosto e te vês envolto numa fina camada de indiferença pela vida. Refiro-me àquela tua sensação de isolamento, como se o mundo inteiro fosse indiferente às tuas necessidades e ao teu cansaço. E nesse estado, és envolvido pelo tédio e cada ação ou obrigação exige de ti um grande esforço. Sei até das tuas sensações de estares acorrentado, preso; preso às normas, aos padrões estabelecidos, às rotineiras obrigações: "Eu gostaria de... mas eu tenho que trabalhar, tenho que ajudar, tenho que cuidar de, tenho que resolver, tenho que!...". Eu te compreendo... Compreendo os teus sacrifícios.

E a quantas coisas tens renunciado, de quantos anseios tens aberto mão!... E sempre acham que é pouco... Pouca coisa tens feito por ti e tua vida, quase toda ela, tem sido afinal dedicada a satisfazer outras pessoas. Sei do teu esforço em ajudar as outras pessoas e sei que isso é a semente de tuas decepções. Sei que, nas tuas horas mais amargas, até a revolta aflora em teu coração. Revolta com a injustiça do mundo, revolta com a fome, as guerras, a competição entre os homens, com a loucura dos que detêm o poder, com a falsidade de muitos, com a repressão social e com a desonestidade. Por tudo isso, carregas um grau excessivo de tensões, de angústia e de ansiedade. Sonhas com uma vida melhor, mais calma, mais significativa. Sei também que tens belos planos para o amanhã. Sei que queres apenas um pouco de segurança, seja financeira ou emocional, e sei que lutas por ela.



Mas, mesmo assim, tuas tensões continuam presentes. E tu percebes estas tensões nas tuas insônias ou no sono excessivo, na ausência de fome ou na fome excessiva, na ausência de desejo para o sexo ou no desejo sexual excessivo. O fato é que carregas e acumulas tensões sobre tensões: tensões no trabalho, nas exigências e autoritarismos de alguns, nas condições inadequadas de salário e na inexistência de motivação, nos ambientes tóxicos das empresas, na inveja dos colegas, no que dizem por trás. Tensões na família, nas dependências devoradoras dos que habitam a mesma casa; nos conflitos e brigas constantes, onde todos querem ter razão; no desrespeito à tua individualidade, no controle e cobrança das tuas ações. Eu te compreendo, e te compreendo mesmo. E apesar de compreender-te totalmente, quero dizer-te algo muito importante. Escuta agora com o coração o que te vou dizer:

Eu te compreendo, mas não te apoio! Tu és o único responsável por todos estes sentimentos. A vida te foi dada de graça e existem em ti remédios para todos os teus males. Se, no entanto, preferes a autocomiseração ao invés de mobilizares as tuas energias interiores, então nada posso te oferecer. Se preferes sonhar com um mundo perfeito, ao invés de te defrontares com os limites de um mundo falho e humano, nada posso te oferecer.

Se preferes lamentar o teu passado e encontrar nele desculpas para a tua falta de vontade de crescer; se optastes por tentar controlar o futuro, o que jamais controlarás com todas as suas incertezas; se resolveste responsabilizar as pessoas que te rodeiam pela tua incompetência em tratar com os aspectos negativos delas, em nada posso te ajudar. Se trocaste o auto apoio pelo apoio e reconhecimento do teu ambiente, então nada posso te oferecer. Se queres ter razão em tudo que pensas; se queres obter piedade pelo que sentes; se queres a aprovação integral em tudo que fazes; se escolhestes abrir mão de tua própria vida, em nome do falso amor, para comprares o reconhecimento dos outros, através de renúncias e sacrifícios, nada posso te oferecer. Se entendeste mal a regra máxima "Amar ao próximo como a ti mesmo", esquecendo-te de amar a ti mesmo, em nada posso te ajudar.



Se não tens um mínimo de coragem para estar com teus próprios sentimentos, sejam agradáveis ou dolorosos; se não tens um mínimo de humildade para te perdoares pelas tuas imperfeições; se desejas impressionar os outros e angariar a simpatia para teus sofrimentos; se não sabes pedir ajuda e aprender com os que sabem mais do que tu; se preferes sonhar, ao invés de viver, ignorando que a vida é feita de altos e baixos, nada posso te oferecer. Se achas que pelo teu desespero as coisas acontecerão magicamente; se usas a imperfeição do mundo para justificar as tuas próprias imperfeições; se queres ser onipotente, quando de fato és simplesmente humano; se preferes proteção à tua própria liberdade; se interiorizaste em ti desejos torturadores; se deixaste imprimirem-se em tua mente venenosas ordens de: "Apressa-te!", "Não erres nunca!", "Agrade sempre!"; se escolheste atender às expectativas de todas as pessoas; se és incapaz de dar um não quando necessário, em nada posso te ajudar. Se pensas ser possível controlar o que os outros pensam de ti; se pensas ser possível controlar o que os outros sentem a teu respeito; se pensas ser possível controlar o que os outros fazem; se queres acreditar que existe segurança fora de ti, repito:

Eu te compreendo mas, em nome do verdadeiro Amor, jamais poderia apoiar-te! Se recusas buscar no âmago do teu ser respostas para os teus descaminhos, se dás pouca importância a teus sussurros interiores; se esqueceste a unidade intrínseca dos opostos em nossa vida terrena; se preferes o fácil e abandonastes a paciência para o Caminho; se fechaste teus ouvidos ao chamado de retorno; se perdeste a confiança a ponto de não poderes entregar tua vida à vontade onipotente de Deus; se não quiseste ver a Luz que vem do Leste; se não consegues encontrar no íntimo das coisas aquele ponto seguro de equilíbrio no meio de todas as tormentas e vicissitudes; se não aceitas a tua vocação de Viajante com todos os imprevistos e acidentes da Jornada; se não queres usar o tempo, o erro, a queda e a morte como teus aliados de crescimento, realmente nada posso fazer por ti.

Se aspiras obter proteção quando o que precisas é Liberdade; se não descobriste que a verdadeira Liberdade e a autêntica Segurança são interiores; se não sabes transformar a frase "Eu tenho que..." na frase "Eu quero!"; se queres que o fantasma do passado continue a fechar teus olhos para a infinidade do teu aqui e agora; se queres deixar que o fantasma do futuro te coloque em posição de luta com o que ainda não aconteceu e, provavelmente, não chegará a acontecer; se optaste por tratar a ti mesmo como a um inimigo; se te falta capacidade para ver a ti mesmo como alguém que merece da tua própria parte os maiores cuidados e a maior ternura; se não te tratas como sendo a semente do próprio Deus; se desejas usar teus belos planos de mudar, de crescer, de realizar, como instrumentos de auto-tortura; se achas que é amor o apego que cultivas pelos teus parentes e amigos; se queres ignorar, em nome da seriedade e da responsabilidade, a criança brincalhona que habita em ti; se alimentas a vergonha de te enternecer diante de uma flor ou de um por de sol; se através da lamentação recusas a vida como dádiva e como graça, não posso te apoiar.




Mas, se apesar de todo o sono, queres despertar; se apesar de todo o cansaço, queres caminhar; se apesar de todo o medo, queres tentar; se apesar de toda acomodação e descrença, queres mudar, aceita então esta proposta para a tua Felicidade: A raiz de todas as tuas dificuldades são teus pensamentos negativos. São eles que te levam para as dores das lembranças do passado e para a inquietação do futuro. São esses pensamentos que te afastam da experiência de contato com teu próprio corpo, com o teu presente, com o teu aqui e agora e, portanto, distanciando-te de teu próprio coração. Tens presentes agora as tuas emoções? Tens presente agora o fluxo da tua respiração? Tens presente agora a batida do teu coração? Tens agora a consciência do teu próprio corpo? Este é o passo primordial. Teu corpo é concreto, real, presente, e é nele que o sofrimento deságua e é a partir dele que se inicia a caminhada para a Alegria.

Somente através dele se encaminha o retorno à Paz. Jamais resolverás os teus problemas somente pensando neles. Começa do mais próximo, começa pelo corpo. Através dele chegarás ao teu centro, ao teu vazio, àquele lugar onde a semente germina. Através da consciência corporal, galgarás caminhos jamais vistos, entrarás em contato com os teus sentimentos, perceberás o mundo tal como é e agirás de acordo com a naturalidade da vida. Assume o teu corpo e os teus sentimentos, por mais dolorosos que sejam; assume e observa-os, simplesmente observa-os. Não tentes mudar nada, sê apenas a tua dor. Presta atenção, não negues a tua dor. Para que fingir estar alegre se estás triste? Para que fingir coragem se estás com medo? Para que fingir amor se estás com ódio? Para que fingir paz se estás angustiado? Não lutes contra teus sentimentos, fica do teu próprio lado, deixa a dor acontecer, como deixas acontecer os bons momentos. Pára, deixa que as coisas sejam exatamente como são.

Entra nos teus sentimentos sem os julgar, não fujas deles, não os evites, não queira resolvê-los escapando deles - depois terás de te encontrar com eles novamente, é apenas um adiamento, uma prorrogação. Torna-te presente, por mais que te doa. E, se assim fizeres, algo de muito belo acontecerá! Assim como a noite veio, ela também se irá e então testemunharás o nascer do dia, pois à noite o sol escurece até a meia-noite e, a partir daí, começa um novo dia.

Se assim fizeres, sentirás brotar de dentro de ti uma força que desconhecias e te sentirás renovado na esperança e a vida entrando em ti. Se assim fizeres, entenderás com o coração que a semente morre mesmo, totalmente, antes de germinar e que a morte antecede a vida. E, se assim fizeres, poderei dizer-te então que: Eu te Compreendo e que, assim, tens todo o meu apoio! E verás com muita alegria que, justamente agora, já não precisas mais do meu apoio, pois o foste buscar dentro de ti e o encontraste dentro da tua própria dor! A CAUSA É INTERIOR.

O homem traz a semente de sua vida dentro de si mesmo. O que quer que lhe aconteça, acontece por sua própria causa. As causas externas são secundárias; as causas internas são as principais. Existe a possibilidade de uma transformação...E que só você pode conseguir, basta querer...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

OBSESSÃO ESPIRITUAL RECONHECIDA PELA MEDICINA

Por: Oswaldo Shimoda




Em artigos anteriores, escrevi que a Obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito.
No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social.
Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do ser humano e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual. Desta forma, a Obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID -O Código Internacional de Doenças- que permite o diagnóstico da interferência espiritual obsessora.
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença. Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença. Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos -nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura- bem como na interferência de um ser desencarnado das trevas, a Obsessão espiritual.
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios. O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Na Faculdade de Medicina da USP, o Dr.Sérgio Felipe de Oliveira, médico, coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas. Em minha prática clínica, a grande maioria de meus pacientes, que são rotulados pelos psiquiatras de “psicóticos” por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico.
Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o ser integral.
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.
Por conta disso, escrevi um artigo em meu site, cujo título é “Terapia Médica e Terapia Espiritual: Por que dividir se podemos somar” , a importância de agregarmos as duas abordagens terapêuticas.
Neste aspecto, a Terapia Regressiva Evolutiva (TRE) - A Terapia do Mentor Espiritual - Abordagem psicológica e espiritual breve, canalizada por mim através dos Espíritos Superiores do Astral, foi criada; não para substituir a medicina, mas, sim, complementá-la. Melhor explicando: a medicina cuida do organismo físico e a TRE da alma, do espírito. Essa é a minha esperança, que as duas possam um dia caminhar lado a lado, formando uma parceria e quem sai ganhando é a população.
Caso Clínico:
Por que nunca namorei, não consigo me firmar, ter um relacionamento duradouro?
Mulher de 31 anos, solteira.
Veio ao meu consultório querendo entender o por quê de nunca ter namorado, ter tido um relacionamento duradouro.
Apesar de ser uma mulher bonita, não despertava interesse nos homens. E, quando despertava esporadicamente, só apareciam homens casados e estrangeiros, mas logo se desinteressavam e sumiam de sua vida.
Sentia também muita tristeza e não conseguia dormir no escuro.
Na academia de ginástica, com freqüência, via uma sombra, uma forte impressão de ter alguém atrás dela.
Na 1ª sessão de regressão, ao pedir à paciente atravessar o portão (é um recurso técnico utilizado nessa terapia, que funciona como um portal da espiritualidade, e que separa o passado do presente, o mundo espiritual do mundo terreno), ela me relatou:
“Vejo uma névoa esbranquiçada, cerrada (ao atravessar o portal, é freqüente os pacientes regredirem trazendo lembranças de uma vida passada em forma de cenas, imagens, névoas esbranquiçadas, acinzentadas ou escuras - que correspondem, respectivamente, às regiões intermediárias do astral superior e inferior).
Estou pairando, flutuando… Vejo um homem nitidamente, usa uma túnica branca, que lembra a figura de Jesus Cristo. Ele também usa barba e cabelos compridos. Na verdade, eu o vi antes de atravessar o portal. Vi também uma imagem feia, assustadora -era o rosto de um homem-, depois sumiu (nessa terapia, o obsessor espiritual dos pacientes, costuma se manifestar mostrando o rosto ou partes dele; um olho ou um par de olhos)”.
- Pergunte ao homem de túnica branca quem é ele, peça para se identificar - sugiro à paciente.
“Ele diz que é o meu mentor espiritual (ser desencarnado diretamente responsável pela nossa evolução espiritual, também chamado de anjo da guarda pela Igreja Católica, e guia espiritual pelo Candomblé e Umbanda).
O meu mentor espiritual estava me dizendo que ia me levar a um lugar e aí apareceu outra imagem, um olho de um rosto feio… mas desapareceu. Agora ele fala que vai me levar onde preciso ir (pausa).
Vejo uma estrada escura… Ele me diz: ‘É isso que você precisa saber’.
Na estrada deveriam estar passando carros, mas está vazia e é noite.
Parece ser uma rodovia… agora ele me chamou para ir com ele novamente, diz que vai me mostrar outra coisa (pausa).
Parece um acidente… e tem uma mulher. Ela usa um lenço na cabeça, mas não está nessa rodovia. Eu a vejo em outro lugar. Ela chora de desespero… parece que perdeu alguém, acho que foi nesse acidente.
Eu vejo também um carro prata todo destruído, contorcido. Ela perdeu alguém nesse acidente”.
- Busque saber quem ela perdeu - peço à paciente.
“É o filho dela… e continuo vendo a rodovia”.
Na segunda sessão de regressão, antes de iniciarmos, a paciente comentou que a cena daquela rodovia não saiu de sua cabeça, ainda via nitidamente aquelas imagens. Comentou também que quando dirige tem a tendência de correr bastante. As pessoas sempre falaram que ela corria muito, mas ela nunca admitiu. No entanto, ao sair da primeira sessão de regressão, quando estava dirigindo, percebeu pela primeira vez que realmente corria bastante.
Ao regredir a paciente relatou:
“Vejo novamente aquela névoa esbranquiçada. Estou no meio dela… vejo o meu mentor espiritual. Ele sorri e me diz: ‘Vamos, você precisa se curar! Aquele acidente foi você que provocou em vida passada’.
- Pergunte ao seu mentor por que você provocou esse acidente? - Peço à paciente.
“Vejo dois carros naquela rodovia correndo em sentido oposto, com os faróis altos.
Eu corria demais, era noite naquela rodovia (pausa). Agora eu e o meu mentor espiritual estamos num caminho, tem mato dos dois lados. Está amanhecendo… a gente caminha olhando para o chão de terra (pausa).
Apareceu a imagem de uma morena, cabelos compridos. Vejo-a de mãos dadas com uma pessoa… é um rapaz, aparece cabisbaixo para mim. Eu não o conheço (na verdade, a paciente não o reconhece por conta do ‘véu do esquecimento’ do passado que a impede de lembrar a experiência dessa existência passada).
Ele veste uma camiseta preta, calça jeans, tem cabelo liso, tem entre 20 e 25 anos. Esse rapaz está deitado nesse chão de terra, com os olhos fechados.
Estou em pé, próximo da cabeça dele.
Ele está deitado e não se mexe, nesse lugar de mato onde o meu mentor espiritual me levou. Eu vejo o corpo dele em preto e branco e a imagem do local é colorida. (pausa).
Agora vejo-o de bruços; sinto (paciente intui) que ele está ferido, mas não vejo sangue”.
- Descubra quem é esse rapaz - peço à paciente.
“O meu mentor me responde: ‘Ele era noivo, tinha planos e você os interrompeu. Aquela senhora de lenço na cabeça que você viu na primeira sessão de regressão era a mãe dele.
Portanto, foi esse rapaz que morreu no acidente, na colisão de carros. A moça que você viu de mãos dadas com ele era a sua noiva, eles iam se casar (pausa)’.
Dr. Osvaldo, eu ouço o rapaz me dizendo que preciso pagar por isso. O meu mentor diz que preciso me arrepender pelo que fiz, e que a minha cura depende disso. Esclarece que esse rapaz, meu obsessor espiritual, me acompanha onde quer que eu vá. É ele que está provocando o meu insucesso amoroso, porque não se conforma por ter tirado a vida dele no acidente de carro dessa vida passada. Ele está caído no chão, mas vejo o rosto dele olhando para mim com ira.
O meu mentor espiritual me diz que nesse acidente saí ilesa, não me aconteceu nada. Diz também que esse rapaz estava sem cinto de segurança e, com isso, foi arremessado para fora de seu carro e caiu nesse mato, que fica à margem da rodovia. Ele ia ser médico e era filho único. A mãe dele ainda hoje cultua (reza) a sua imagem”.
- Pergunte ao seu mentor espiritual em que época ocorreu esse acidente - peço à paciente.
“Ele diz que foi duas vidas antes da atual. Fala que antes de ocorrer o acidente, estava dirigindo o meu carro em alta velocidade, mexendo no rádio e, com isso, acabei me distraindo”.
- Você era homem ou mulher nessa vida passada? - Pergunte ao seu mentor espiritual.
“Ele diz que era homem, e que eu estava embriagado, por isso estava correndo demais. Portanto, as causas do acidente foram a velocidade em excesso, a distração e a embriaguez (pausa).
O rapaz está me dizendo que me quer para ele porque se sente sozinho, pois perdeu o amor dele”.
- Pergunte se o seu mentor espiritual tem mais alguma coisa a lhe dizer - peço à paciente.
“Ele diz novamente: ‘Você precisa se arrepender, esse rapaz quer que você fique sozinha, igual a ele’.
Ele esperou a sua encarnação atual para fazer isso, e a mãe dele alimenta o seu espírito”.
- Como ela faz isso? - Peço à paciente para perguntar ao seu mentor.
“Mantendo a sua ira, a vontade de se vingar de mim… vejo-a num quartinho rezando. O meu mentor diz que na vida anterior à atual, eu ainda reencarnei como homem. Então, esse rapaz esperou que eu viesse como mulher na vida atual porque como não podia ter a sua noiva de volta, me quis para substituí-la.
Portanto, ele sabia que na encarnação atual eu iria sofrer tanto quando ele se ficasse sozinha, sem nenhum namorado”.
Ao final desta sessão pedi para que ela fizesse a oração do perdão para esse rapaz.
Na sessão seguinte (terceira e última), a paciente comentou que em dois momentos, quando estava fazendo a oração do perdão, levantou as mãos -em imposição- irradiando a luz dourada de Cristo para esse rapaz, mas sentiu suas mãos tremerem e os braços pesados, como se alguém estivesse impedindo a irradiação.
Num outro momento, sentiu que não era ela que estava lendo a oração. Esclareci dizendo à paciente que é comum ao ler a oração do perdão, o obsessor espiritual participar da oração.
Na última sessão, ao regredir, a paciente me relatou:
“Vejo novamente aquele névoa branca, visto uma túnica dourada, estou descalça, com a mesma aparência física da vida atual (pausa).
Vejo agora um jardim vasto, bem verde, com gramados, não têm árvores, é dia, tem sol. Eu me sinto bem, é um lugar bonito (pausa).
Vejo um homem, mas ele está bem longe, não consigo me aproximar dele”.
- Veja quem é esse homem - pergunto à paciente.
“O meu mentor espiritual me diz que esse rapaz é um presente, que ele está destinado a mim (é comum também nessa terapia, além da regressão de memória, o mentor fazer uma progressão, ou seja, uma revelação futura, caso ache necessário). Mas afirma que só depende de mim me aproximar desse rapaz.
Ele me esclarece que não estou conseguindo me aproximar desse rapaz porque tenho que fazer a minha parte, que é guiar o meu obsessor espiritual à luz. Diz também que o obsessor espiritual está se sentindo mais calmo, mas que preciso continuar com a oração do perdão.
Reforça me dizendo: ‘Você precisa se arrepender’.
Eu lhe pergunto de que forma posso me arrepender… como se dá isso?
Ele fala que o arrependimento vem da alma, e que vou sentir isso. Quando me arrepender do fundo de minha alma, de meu coração, tudo vai mudar em minha vida e que só assim, definitivamente, vou me libertar de meu obsessor”.
- Pergunte ao seu mentor de onde vem à sua tristeza - peço à paciente.
“Ele diz que essa tristeza em grande parte vem do obsessor, mas vem de mim também”.
- Pergunte-lhe por que você dúvida; se tudo isso não é imaginação sua, uma fantasia… (paciente me perguntou no final da sessão anterior se tudo o que trouxe até agora, como conteúdo da regressão, não era uma fantasia, produto de sua imaginação).
“Ele diz que no fundo sei que tudo isso não é uma fantasia, e que não é de hoje que ele conversa comigo (pausa).
Concordo com ele, realmente escuto uma voz dentro da minha cabeça que fala comigo. Eu achava que era algo do meu pensamento”.
- Pergunte ao seu mentor espiritual como você pode diferenciar o que é pensamento seu de um pensamento que vem dele - pedi à paciente.
“Ele responde que é através dos sentimentos; portanto, diz que eu sinto quando é ele. Esclarece que quando é o meu pensamento, não tem um diálogo. E quando é ele, há um diálogo muito claro, inconfundível”.
- Por que então você questionou na terapia se foi uma fantasia, uma imaginação esse diálogo com ele? - Pergunto à paciente.
“Ele diz que é porque ainda não tinha despertado a minha consciência. Mas afirma que agora eu despertei”.
- Pergunte ao seu mentor se devemos ou não continuar com o tratamento - peço à paciente.
“Ele diz que não precisa, foi o suficiente, pois o que tinha que saber nessa terapia eu soube. Agora sei de onde vem o meu problema. Ele está se despedindo, indo embora”.