segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Fofocar... - Você não sabe da última!

Escrito por: Sally Kempton
Tradução: Patrícia Ribeiro






A fofoca pode causar problemas tanto no seu íntimo como na sua vida social.
 Veja como detê-la.




Mullah Nasruddin, famosa figura trapaceira do Oriente Médio, fez uma peregrinação com um padre e um yogi.
Nessa jornada espiritual, eles foram inspirados a se purificar pela confissão mútua.
 Decidiram confessar uns aos outros os seus lapsos éti­cos mais embaraçosos.
 “Tive um caso com minha assis­tente”, disse o yogi.


“Certa vez, desviei 10 mil rúpias da igreja”, disse o pa­dre. Nasruddin ficou em silêncio.
 Afinal, os outros dis­seram: “Vamos, Mullah, é a sua vez!” Nasruddin disse: “Não sabia como dizer, irmãos santos.
Mas o meu pior pecado é que sou um fofoqueiro compulsivo!” Essa fábula aponta bem no coração enlameado da natureza humana.
 Se formos honestos conosco, a maioria de nós vai admitir que já esteve em ambos os lados do corredor de fofocas.
 Eu certamente estive.
Fui a pessoa que confiou um segre­do embaraçoso a um amigo para descobrir que o segredo tinha se espalhado como um vírus. Eu também – para minha vergonha – não pude resistir em passar informa­ções, mesmo quando isso significava trair a confiança.


A fofoca é um dos mais partilhados e, muitas vezes, o mais inconsciente dos vícios.
 As pessoas raramente se consideram viciadas em fofoca mesmo quando estão enchendo os espaços vazios na conversa sobre conheci­dos mútuos.
Alguém que deixa uma mensagem em seu correio de voz contando toda a história sobre uma bri­ga de amigos é um fofoqueiro.
Assim como a pessoa que considera tudo o que dizem ser material para o seu blog.
 Mas isso é o mesmo que o desejo natural de falar com sua irmã sobre se o namorado de sua outra irmã é bom para ela? Ou o prazer de falar sobre os detalhes dos problemas conjugais de uma figura pública?


Talvez não.
No entanto, se passar um dia observando como fala sobre as outras pessoas, reconhecerá que é um pouco compulsivo o desejo de compartilhar fatos.
 Talvez para ser divertido ou para aliviar a atmosfera.
Talvez o seu impulso seja puramente social, uma forma de ligação com os outros.
Mas quem já tentou pa­rar de fofocar geralmente descobre que não é um hábito fácil de mudar.
 E isso deve significar algo sobre o porquê de as grandes tradições espirituais não se importarem com isso. Qualquer jornada yógui­ca ou espiritual, em algum ponto, solicitará que você observe a sua própria tendência à fofoca, para depois controlá-la.

Claro, só um eremita comprometido pode abster-se completamente de falar sobre outras pessoas.
Afinal, se não fofocamos, sobre o que falamos? As políticas pú­blicas? Os princípios do Yoga? Bem, sim, mas o tempo todo? O psicólogo evolucionista Robin Dunbar defende que o instinto de fofoca é basicamente inato em nós, e que a linguagem evoluiu porque os humanos primitivos precisavam falar uns dos outros para sobreviver como grupo social.
 Ele também realizou um estudo sobre a sociabilidade no local de trabalho no qual ele e seus co­legas descobriram que 65% da conversa no escritório era o povo falando – adivinha sobre o quê? – sobre eles mesmos ou sobre outra pessoa. Seu ponto: o que torna a fofoca problemática não é o que fazemos, mas como e por que fazê-lo.
Alguns tipos de conversa aju­dam as rodas de fofocas e contribuem para a satisfação humana.
Outros tipos de boatos são mais como junk food para a mente.
E depois há aquele tipo desagradá­vel que cria mal-estar entre as pessoas, destrói reputa­ções, e até mesmo divide comunidades.


Então, como podemos estabelecer a diferença entre uma boa fofoca e a prejudicial? Quando são úteis, ou pelo menos, inofensivas? E como podemos exercer a espécie inofensiva sem passar dos limites?

Boa fofoca

A fofoca tem três importantes funções sociais. Pri­meiro, facilita a troca informal de informações.
 Dun­bar observa que a fofoca é indispensável para o funcio­namento das instituições.
 Em uma universidade, ou em um estúdio de Yoga, estudantes informalmente avaliam os professores. Quando está tentando encon­trar um professor, ou conhecer uma nova pessoa, você tenta descobrir o que diferentes pessoas dizem sobre ele. Fulano é alguém com quem deveria trabalhar? O que sicrano realmente pensa sobre a reunião?
Fofoca é também, para melhor ou pior, uma forma de controle social.
É uma maneira de a sociedade man­ter membros alinhados.
Se uma pessoa ou instituição se comporta de forma irregular ou sem ética, as pessoas vão falar so­bre isso. Os psicólogos evolucionis­tas descrevem essa situação como a necessidade social de controlar os “cavaleiros livres”, isto é, aqueles que contribuem com menos do que recebem.
A ideia é que o medo de as notícias se espalharem pode im­pedir as pessoas de abusar ou explorar o próximo.


Mas o meu argumento favorito para a utilidade da fofoca é que ela nos dá insights sobre outras pessoas e nos ajuda a compreender as nuances do drama huma­no.
 Deus ama histórias, diz um provérbio judeu hassí­dico, assim como nós.
Quando se fala de outras pesso­as, muitas vezes você faz isso por amor ao conto e, em parte, por um verdadeiro espírito de investigação, um desejo de desvendar o mistério do outro.
Por que acha que ele disse isso? O seu comportamento ensina sobre o que fazer e o que não fazer? É o jeito que ele fala às pessoas, ou ele tem algo contra mim?


Falar mal


Mas depois, naturalmente, você escorrega.
A história torna-se boa demais, irresistível, e você diz um deta­lhe que conhece do amigo que não quer ser partilha­do, como: “Sim, é isso que eu amo sobre fulano, mas ele não o deixa maluca com aquela mania?”


Quando está viciado, a fofoca, mesmo inofensi­va, pode ser um terreno escorregadio.
Alguma vez já desligou depois de uma conversa telefônica com a sensação de ressaca, como se tivesse perdido tempo e energia? Ou sentiu-se deprimido depois de almoçar com um amigo, ao perceber que gastou seu tempo em boatos de notícias e especulações ociosas, mas perdeu a oportunidade de se conectar de uma maneira mais íntima? Alguma vez já passou uma hora dissecando a personalidade de um conhecido e depois se sentiu cul­pado quando o encontrou? Os chamados fofoqueiros podem facilmente fazer comentários desrespeitosos ou de sarcasmo, ou desfiar uma ladainha de reclama­ções contra a pessoa de quem falam.


Uma maneira de saber se está no reino da fofoca ruim ou é compulsivo é pelo sabor que deixa para trás.
O bom fofoqueiro deixa um sabor amigável.
 Você se sente mais perto da pessoa que está falando, mais li­gada ao mundo ao seu redor.
O bom fofoqueiro sente que é um informante agradável, com uma maneira de aproximar velhos amigos. Você não ficará com senti­mentos de inadequação, raiva ou inveja.


Comecei a considerar essas questões há vários anos, após uma série de conversas com uma amiga minha. Estávamos passeando quando ela começou a comparti­lhar sua insatisfação com um colega.
Ele é alguém que sempre amei e respeitei.
É generoso, inteligente e di­vertido e tem sua maneira de ajudar os outros.
 Claro, como a maioria de nós, tem suas manias, mas certa­mente nada que diminua a sua boa natureza.


Eu e minha amiga começamos a falar sobre o quanto gostamos des­se colega.
Mas então ela mencionou que estava sendo difícil trabalhar com ele e como o achou descuidado e egoísta. Percebi que ela estava usando nossa conversa como uma catarse, tentando trabalhar sua raiva pelo colega. Então, tentei ter uma visão mais ou menos objetiva, defendendo-o ao fazer o meu melhor para “ajudar” minha amiga a traba­lhar seus sentimentos.
 Somente depois de um tempo me ocorreu sugerir que ela discutisse esses problemas com ele, em vez de ficar falando mal dele para mim.
 Nos me­ses seguintes, minha amiga raramente almoçou ou fez um passeio sem fazer um comentário sobre o colega.
 Depois de um tempo, parei de defendê-lo.
 De um ami­go que eu adorava, esse colega havia se tornado alguém que não respeito muito.
 Não porque tinha tido qualquer experiência negativa com ele, mas porque me permiti ficar embriagada por causa da fofoca negativa.
 Foi quan­do comecei a pensar o quão profundamente as palavras de outras pessoas podem distorcer nossas opiniões e até mesmo sentimentos em relação ao outro.


Pare de propagar

Os círculos de Yoga são como outras comunidades: arenas perfeitas para notícias, com inúmeras oportu­nidades para espalhar boatos.
 Um segredo picante, por vezes, começa com uma história ao telefone, em que as distorções leves acontecem e, pelo tempo que a história corre, acaba tendo menor relação com a ver­dade.
Assim, quando alguém lhe disser que fulano é mau com as pessoas, ou não age com ética, você nunca saberá se é exagero ou completamente falso.
 E mesmo que a história seja verdadeira, você poderia se questio­nar qual seria o dano de espalhar essa notícia por aí.


Em algumas situações você tem a responsabilidade de dizer o que sabe sobre outra pessoa.
 Se uma mu­lher está saindo com um rapaz conhecido por ser um conquistador nato, ela apreciaria ter alguma informa­ção sobre ele.
Quando você sabe que uma pessoa vai trabalhar em um lugar conhecido por fraudes ou por abusar dos funcionários, você deve contar-lhe.
Mas muitos contos, boatos, opiniões e até mesmo fatos não precisam ser passados a outros.
Este é o ponto do pre­ceito budista lojong.
Na tradição judia há uma proi­bição específica contra a divulgação de informações negativas que são verdadeiras.


É o cerne da questão ética: conscientemente a maio­ria de nós não repetiria informações falsas sobre al­guém. Mas não achamos proibido repetir a verdade, mesmo que cause danos desnecessários aos outros.


O discurso nocivo, conforme definido no budismo e em outras tradições, é qualquer coisa que você co­munica sem necessidade e magoa os outros.
É uma categoria bastante ampla, pois não tem sequer de usar palavras para comentar sobre erros de alguém ou fra­quezas de caráter.
Aquele olhar crítico que você dá nas costas de alguém.
O ato sarcástico ou condescendente de elogiar: “Ele é um cara tão legal”, em um tom que transmite que Jim é exatamente o oposto.


    Esse tipo de fofoca é como uma faca de dois gumes.
Quando fala de alguém, mesmo se o que você diz é mais ou menos verdade, provavelmente afetará a ma­neira como as outras pessoas pensam sobre ele.
 Mas também será difícil para os outros confiarem em você.
Como um provérbio espanhol diz: “Aquele que fofoca com você irá fofocar sobre você também”.


A terceira margem da fofoca negativa é o que faz à sua própria mente.
 Já não encontro mais aquela amiga que falava sempre sobre o colega – em parte porque tenho medo do que ela poderia dizer sobre mim, mas também porque sempre chegava dos nossos encontros com uma sensação de inquietude.


As fofocas negativas deixam um sabor desagradá­vel.
Esse sabor é o efeito kármico das fofocas, e é uma indicação útil de que as suas palavras ou o tom podem causar algum dano ao tecido delicado da sua própria consciência.
No nível sutil, não se pode dirigir a negatividade em relação a alguém sem machucá-lo.
Mes­mo aquele bate-papo sem intenção pode deixar um resíduo doloroso.
Tente ler uma edição inteira dessas revistas semanais de notícias, e, em seguida, observe o estado de sentimento em sua mente.
 Não há uma agitação sutil, uma perturbação na sua consciência?


Retroceda o hábito


Talvez ache que está um pouco viciado em fofoca.
 Se quiser mudar esse hábito, comece dando uma boa olha­da na motivação que está por trás de seus impulsos.
Parte da emoção das fofocas é simplesmente o prazer de ser um segredo.
 É reconfortante sentir que você não é a única pessoa que erra, que sofre perdas.
De algu­ma forma, saber que Jennifer Aniston levou um fora faz você se sentir melhor sobre a sua própria separação.


Falar dos outros também pode ser uma forma de evitar olhar para algo difícil em si mesmo.
Nem sem­pre é fácil admitir, mas por trás da maioria das fofocas negativas, especialmente quando se trata de amigos, parentes ou colegas, há uma forma de ciúme.
A pa­lavra em alemão “Schadenfreude” descreve um dos aspectos mais sombrios da natureza humana, a ten­dência a ter apenas o grau mais ínfimo de prazer com o infortúnio de outra pessoa.
A fofoca é uma forma de obter essa sensação.
Talvez tenha um momento de satisfação leve em saber que um amigo foi aban­donado pela esposa, ou que um colega de profissão foi preterido para uma promoção.
Quase sem­pre, esse sentimento surge quan­do a outra pessoa é um colega do mesmo grupo e, portanto, um gancho para projetar sentimentos negativos sobre si mesmo.


A maioria dos seres humanos tem um pouco de insegurança sobre a quantidade de abundância que está disponível no mundo.
A maioria de nós também tende a se comparar com os nossos pares.
 É quando podemos recorrer à fofoca como uma arma política ou social para neutralizar os rivais, especialmente se sentimos que eles ocupam espaço no mundo que gos­taríamos de ter para nós mesmos.


Talvez a razão mais obscura por trás da fofoca seja um desejo de ajustar as contas.
O namorado te deu um fora.
O professor fez uma crítica.
Você tem uma briga com um amigo e está magoado, e não sente que pode esclarecer o problema falando com ele.
Quando compartilha a história, é como se aliviasse um pouco da dor.
 Claro que conversar com um amigo sobre o seu desgosto pode ser algo catártico: uma razão pela qual precisamos de amigos é ter alguém que vai nos ouvir.
 Mas há uma linha entre a partilha de catarse e fofocas vingativas.
Você sabe que atravessou essa linha quan­do se encontra compartilhando apenas o seu lado da história. Você não revela que ficou cochichando du­rante a aula do professor, ou que passou anos critican­do aquele amigo que não quer mais vê-lo, ou que o seu “infiel” ex-namorado havia deixado claro quando começaram a namorar que ele não queria se compro­meter em um relacionamento sério.


Em vez disso, você fornece motivações desonestas e não éticas sobre outra pessoa, faz fofocas do que ou­viu dos outros, teoriza sobre suas possíveis patologias.
“Ela é uma narcisista”, alguém fala sobre uma amiga que se recusou a namorar alguém.
“Ele tem problemas para colocar limites”, diz um homem sobre o seu ex-professor.
Fazemos isso com a intenção de comparti­lhar a nossa raiva e validar nossos próprios sentimen­tos com a pessoa com quem estamos conversando.


Este é um comportamento quase infantil, mas isso não nega a sua gravidade.
É o tipo de fofoca que se inicia como uma rixa, cria mal-estar nas comunida­des e dissolve reputações.
Um conhecido ainda está lidando com as consequências da dissolução de seu ca­samento.
Sua esposa não queria a separação.
Quando ele insistiu, ela mobilizou todos os seus amigos e dis­tribuiu uma carta na internet em que ela o acusou de infidelidade, de abusar de seus filhos e das suas falhas no trabalho.
 Em nenhum ponto na carta ela diz que também contribuiu para o fracasso do casamento.
As histórias se es­palharam na internet e de boca em boca.
Como resultado, muitos dos alunos desse homem e os amigos já não confiam mais nele.


Todos nós fofocamos e gosta­mos de ouvir fofocas.
Mas se esti­ver disposto a exercer seu papel com consciência, co­mece a discriminar sobre como e quando se faz isso.
 Como o vinho ou o chocolate, que pode ser bom em pequenas doses, a fofoca pode ser deliciosa, mas só quando se é honesto sobre o que está dizendo e qual o efeito dessa informação.


Obviamente você não pode cortar toda conversa sobre outras pessoas, nem precisa.
 Em vez disso, tor­ne suas conversas mais conscientes, disciplinadas e comedidas.
Você pode refletir sobre o porquê de às vezes se sentir obrigado a falar mal de um amigo, ou espalhar um boato que poderia causar danos.
Pode olhar para o sentimento de vazio que muitas vezes se esconde por trás do desejo de preencher espaços em uma conversa com fofocas.
 E considerar que um dos maiores frutos da nossa prática é a capacidade de per­manecer em silêncio, mesmo quando está morrendo de vontade de partilhar fofocas ou justificar sua insa­tisfação com um amigo.


Sally Kempton é professora de meditação e filosofia yogi e autora de O Coração da Meditação.
Visite-a em sallykempton.com.


Recuperando-se do vício da fofoca


Aqui estão algumas dicas de Sarah Wilkins para monitorar e controlar sua tendência a falar negativamente sobre os outros.

Escolha um colega para fofocar: um professor espiritual sugere que você limite sua fofoca a uma ou duas pessoas, talvez o seu melhor amigo, esposo ou outra pessoa próxima.
Se tem um amigo designado para isso, é muito mais fácil prati­car a retenção com as outras pessoas em sua vida.
 Escolha alguém que possa guardar segredos e que vai apoiá-lo em seu desejo de estar mais consciente do que você diz.


Segure-se: aprenda a perceber quando está prestes a fazer um comentário sar­cástico e pare antes.
 Se esca­par, peça desculpas.


Observe a sensa­ção: torne-se consciente do que se sente depois de fazer uma fofoca.
Será diferente para todos, mas para mim o sabor de fofoca traz ansieda­de (ombros tensos, estômago apertado) e que só posso des­crever como um sentimento de ter dito algo de que posso me arrepender. Observe onde sente a tensão em seu próprio corpo na próxima vez que se envolver em um festival de fofocas.


Basta dizer não: recuse convites de fazer par­te de uma fofoca.
 Para mudar de assunto quando um amigo quer começar a falar mal de alguém.
Diga a eles para falar de outra coisa, e diga-lhes que está tentando livrar-se do hábito de fofocas negativas. Você verá que muitas pessoas vão lhe agradecer.


Não tenha pressa de julgar: quando al­guém confidencia uma infor­mação sobre outra pessoa, pergunte a ele sobre a veraci­dade da informação, verifique a fonte.
Não acredite em algo a menos que exista uma pro­va clara.
 O fato de que muitas pessoas estão dizendo algu­ma coisa não prova nada.


Tente um jejum de fofocas de um dia: decida que, por um dia in­teiro, não vai falar sobre as outras pessoas. Já digo que isso é especialmente difícil.
Observe quais são as sensa­ções de compartilhar notícias sobre alguém ou repetir algo que ouviu.
O seu desejo de fofocas vem de uma sensação de vazio ou tédio? Vem de um desejo de intimidade com a pessoa com quem está falan­do? O que acontece dentro de você quando nega o desejo? Como se sente quando já pas­sou por toda uma conversa sem falar nada, só ouvindo?

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