Autor: Erich Fromm
(resumo)
Para o psicanalista Erich Fromm (1900-1980) os seres humanos têm a tendência natural a pressupor que amar é uma coisa fácil, pelo que buscamos ser amados antes que amar.
Segundo Fromm, a capacidade de amar só se adquire plenamente na madurez pessoal: O amor infantil diz: Te amo porque te necessito (o qual é um afecto egoísta); mas o amor maduro expressa: Te necessito porque te amo.
Segundo o reconhecido psicanalista existem vários tipos de amor que convém classificar na seguinte sequência:
-Amor filial: É o vínculo que unifica o núcleo familiar mediante as relações frutíferas entre pais e filhos.
-Amor materno: É a aceitação incondicional onde a mãe ama o seu filho sem depender de nenhum mérito nem qualidade que influa na sua determinação em acolher e cuidar de seus filhos.
-Amor paterno: Baseia-se na condição dentro da qual o filho cumpra ou obedeça às normas de comportamento estabelecidas pela autoridade do pai, que o protege e motiva o filho a pôr em prática a sua capacidade de lealdade, respeito e responsabilidade necessários na vida adulta.
-Amor a si mesmo: consiste numa adequada valoração da nossa auto-estima sem a qual é impossível estabelecer qualquer tipo de apreço pelas pessoas que nos rodeiam.
-O Amor romântico: É a atracção física e mental que produz uma compatibilidade de sentimentos entre duas pessoas do sexo oposto, o que gera uma relação de reciprocidade entre o casal que os liga num compromisso que mais tarde deriva num lar compartilhado.
-O amor neurótico: Existe, não obstante algumas falsas concepções do amor que deveríamos identificar para evitar manter relações humanas que afectem a nossa saúde integral, pelo que Fromm recomenda de evitar obsessionar-se com uma pessoa em particular -amor idolátrico- que reduz o nosso suposto amor a uma simples dependência psicológica que gera uma profunda pena, frustração e desilusão.
Por último Erich Fromm recorda que amar é a acção de dar a vida sem reservas enquanto que o egoísmo mata a vontade da pessoa que deseja receber o que não é capaz de gerar em qualquer pessoa (Aqui aplica-se perfeitamente a lei da reciprocidade onde mais bem-aventurada coisa é dar que receber).
Se uma coisa aprendi da leitura deste livro é que a arte de amar é o empreendimento mais importante a que podemos aspirar nesta vida. Sim, como uma planta, o semeamos através da confiança e empatia, o regamos com carinho e perseverança e o cultivamos com o conhecimento mais íntimo das pessoas que amamos.
Um lugar virtual para expor minhas ideias... Ministro cursos específicos da escola Suddha Dharma Mandalam, que se localiza dentro do Instituto de Cultura Hindú "Naradeva Shala", abrangendo um enfoque holístico, associados aos estudos esotéricos do "Sanatana Dharma" e do Yoga Brahma Vidya. Meu e-mail é: devi.devidasika@gmail.com
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