sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Burn Out ...O que é isso?

(Recebi via e-mail, desconheço autor.....)

Perfeccionismo é fator de risco para esta doença insidiosa, que ataca a motivação de gente que rala, sem distinção de cargos hierárquicos.
O “burn out”, termo que em inglês designa a combustão completa, esta incluído no rol dos transtornos mentais relacionados ao trabalho.
 Foi a terceira maior causa de afastamento de profissionais em 2009, segundo dados da previdência social.


A síndrome é bem mais que “mero” estado de estresse, não pode ser confundida.


Esse transtorno psíquico mescla esgotamento e desilusão.
 Pode ser desencadeado por uma exposição continua a situações estressantes no trabalho, explica a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente no Brasil da ISMA ( internetional Strees Management Association), entidade que pesquisa o “burn out”.


“A doença é gerada pela percepção de que o esforço colocado no trabalho é superior a recompensa.
 A pessoa se sente injustiçada e vai se alienando, apresentando sintomas como a depressão, fobia e dores musculares’.


É doença dos idealistas, diz Marilda Lipp, do Centro Psicológico de Controle do Stress e professora de psicologia da PUC-Campinas.


“O burn out” é um desalento profundo, ataca pessoas dedicadas demais ao trabalho, que descobrem que nada daquilo que se dedicaram valeu a pena.”


O estresse, compara Lipp, têm um componente biológico forte, ligado as situações em que o corpo tem de responder ao perigo.
 Já “burn out” é um estado emocional em que as pessoas não sentem mais vontade de produzir.


“Tem a ver com o valor depositado no trabalho”, diz Lipp.
“ Quem apresenta exaustão emocional, não se envolve mais com que faz e reduz as ambições pode estar sofrendo do transtorno”.


O diagnostico não é fácil: a apatia gerada pelo “burn out” pode sugerir depressão ou síndrome do pânico.


Médicos, professores e policiais são o grupo de risco, diz Duílio de Camargo, psiquiatra do trabalho ligado ao Hospital das Clinicas.


O professor Claudio Rodrigues, 43, entrou em combustão total por duas vezes.
 Começou com um estresse , que foi se acumulando ao longo de dez anos.
Ele lecionava 13 horas por dia numa escola da zona sul de São Paulo. E se frustrava com salas lotadas e alunos desinteressados, conta.


“Via um aluno meu entregando pizza junto com alguém que nunca tinha estudado.
Eu me sentia impotente como professor”. Deprimido, se manteve afastado das salas por dois anos.
 Em 2004, depois de receber acompanhamento psiquiátrico e tomar medicação, voltou.
Em maio desse ano,recaiu.


“Nada tinha mudado na escola, estrutura péssima.
 Eu me sentia responsável por estar levando todos os alunos a um caminho sem futuro”.


No meio de uma aula, o professor começou a suar e sentir o corpo ficar mole.
Saiu e desmaiou na escada. Na semana seguinte, enquanto caminhava para o trabalho, desmaiou de novo. Está afastado desde então.


“Sinto uma insatisfação por ver que o meu trabalho não vale a pena”, desabafa.


A vigia Lucimeire Stanco, 34, também passou um tempo licenciada por causa de “burn out”. em 2006, ela fazia a ronda noturna em colégio da zona leste. Passava a noite só e por duas vezes teve que se esconder quando tentaram invadir o lugar.


‘Sentia desanimo porque não me tiravam daquela situação.
Sentia-me rejeitada, vitima”.
 Ela se tratou e se readaptou.
 Hoje, só trabalha de dia e acompanhada de outros vigias.


Casos como esses são tratados com psicoterapia e antidepressivos, mas segundo Lipp a medicação só combate os sintomas.
 “A pessoa precisa reavaliar o papel do trabalho em sua vida, aprender a dizer não quando não tem condições de executar algo e reconhecer o próprio valor, mesmo que os outros não o façam”.


“Eu era infeliz e não sabia”, afirma a empresaria Amalia Sina, 45. Hoje ela é a dona do negocio mais a quatro anos era a vice-presidente na America latina de uma multinacional e responsável pelas atividades da empresa em 22 países.


“Dava aquela impressão que o mundo girava em torno do trabalho, sempre com a faca na garganta”, diz. Para a empresaria o apoio que teve da família e a pratica de exercícios ajudaram a suportar as pressões.
Até ela deixar a função executiva.


A empresa adotou a estratégia correta para prevenir o “burn out”, segundo o psiquiatra Duílio de Camargo. “A pessoa chega a esse estado sem saber o que tem. Se não tiver acolhimento da família, o desconforto aumenta”.


Na visão de Eugenio Mussak, fisiologista e professor de gestão de pessoas, as providências para prevenir essa patologia do trabalho devem partir tanto do sujeito quanto da empresa.


Segundo Mussak, todo mundo que trabalha bastante deve se permitir algumas atividades diárias cuja única finalidade seja o prazer, para compensar o clima de estresse.
E se o ambiente de trabalho puder criar um estado de férias, melhor ainda.


“Chefes compreensivos, que valorizam o esforço e respeitam os limites de seus subordinados criam um ambiente menos favorável ao “burn out”, diz o professor.


Ele continua: “é preciso respeitar o limite entre o que é profissional e o que é pessoal, e a empresa deve estimular o trabalhador a respeitar esses limites também”.


Estresse:


- reação natural a uma situação de emergência


- esgotamento físico


- hipersensibilidade


- redução da energia


Burn Out:


- desilusão causada pelo excesso de situações estressantes


- esgotamento emocional


- falta de sensibilidade


- redução da motivação

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