sábado, 8 de março de 2014

- Osho, o livro da Mulher (Sobre o Poder do Feminino)



O casamento é a instituição mais triste inventada pelo homem.
Não é natural; foi inventado para se poder monopolizar a mulher.
As mulheres têm vindo a ser tratadas como se fossem uma extensão de terra ou algumas notas bancárias.
A mulher foi reduzida a uma coisa.

Lembre-se que se reduzir qualquer ser humano a uma coisa – sem se aperceber, sem ter consciência – estará a reduzir-se também ao mesmo estatuto; caso contrário não poderá comunicar.
Para conseguir falar com uma cadeira, você tem de se tornar uma cadeira.

O casamento é contranatural.

Só podemos ter certeza do momento presente, o que temos nas mãos.
Todas as promessas para amanhã são mentiras – e o casamento é uma promessa para toda a vida, uma promessa de que ficarão juntos, de que se amarão, de que se respeitarão mutuamente até ao último dia das vossas vidas. (...)

Se der ouvidos à natureza, os seus problemas simplesmente deixarão de existir.
O problema é o seguinte: biologicamente os homens sentem-se atraídos pelas mulheres, as mulheres sentem-se atraídas pelos homens, mas a atração não pode ser a mesma para sempre. (...)

Os amantes não se enganam um ao outro, eles estão a dizer a verdade – mas essa verdade pertence ao momento.
Quando dois amantes dizem um ao outro: ‘Não consigo viver sem ti’, (...) eles estão a falar a sério.
Mas não conhecem a natureza da vida.. (...) À medida que os dias passam começam a sentirem-se presos. (...)

Para mim é tudo natural.
O que não é natural é unir pessoas em nome da religião, em nome de Deus, para o resto da vida.

Num mundo melhor e mais inteligente, as pessoas sentirão amor, mas não farão contratos.
Não é um negócio!
Elas compreender-se-ão e compreenderão o fluxo mutável da vida.
Serão verdadeiras para com as outras. (...)
Não haverá necessidade de casamento, não haverá necessidade de divórcio.
Nessa altura, a amizade será possível. (...)

É muito feio o tribunal e a lei estatal interferirem na nossa vida privada – vocês têm de lhes pedir permissão.
Quem são eles? É uma questão entre dois indivíduos, é um assunto privado.

Só existirão amigos – não existirão maridos nem mulheres.
Claro que se só houver amizade, a paixão nunca se transformará em ódio.
No momento em que sentirem a paixão a desaparecer dirão adeus e ambos serão capazes de compreender.
Mesmo que seja doloroso, não se pode fazer nada – a vida é assim.

Mas o homem criou as sociedades, as culturas, as civilizações, as regras, os regulamentos e transformou toda a humanidade numa coisa que não é natural.
É por isso que os homens e as mulheres não podem ser amigos – o que é uma coisa muito feia; começam a possuir-se uns aos outros...

As pessoas não são coisas, não se pode possuí-las.
(...) Nenhuma mulher é propriedade de ninguém, nenhum marido é propriedade de ninguém.
Que tipo de mundo é que vocês criaram?
As pessoas foram reduzidas a propriedades; e depois surge o ciúme, o ódio. (...)

Por isso, este é o conselho de despedida que te dou: nunca tentes agarrar-te a uma pessoa para o resto da tua vida. (...)

O amor não é uma paixão, não é uma emoção.
O amor é um entendimento muito profundo de que de alguma forma alguém o completa.
(...) A presença do outro melhora a sua presença.
O amor dá-lhe liberdade para ser você mesmo; não é sentimento de posse.”

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